Um clima de mistério e frieza envolveu o depoimento de Júlia Andrade Cathermol Pimenta, apontada como suspeita de envenenar o próprio namorado, o empresário Luiz Marcelo Ormond. O sorriso da jovem durante o interrogatório, apenas dois dias após a descoberta do corpo do empresário em um apartamento na zona norte do Rio de Janeiro, alimenta ainda mais a intriga em torno do caso. Ela está foragida.
A reviravolta surpreendente começou a tomar forma durante o depoimento de Júlia à polícia em 22 de maio. Inicialmente tratada como uma investigação de morte suspeita, as revelações da suspeita levaram as autoridades a considerarem-na como peça central em um possível homicídio, resultando na solicitação imediata de um mandado de prisão.
Trechos angustiantes do depoimento foram exibidos recentemente pelo Fantástico, onde Júlia, de maneira perturbadora, sorri ao relatar aspectos do relacionamento com a vítima. “Ele me comprou um buquê. Aí eu falei assim: ‘Tu não tem que me comprar nada que eu não sou sua mãe'”, revelou ela ao delegado, mantendo uma expressão enigmática no rosto.
Júlia descreveu os últimos dias de Luiz como uma espiral de mudanças e tensões, destacando sua percepção de que ele estava agindo de forma estranha e distante. A acusada alegou ter descoberto uma traição, o que teria motivado sua decisão de se separar dele.
No entanto, as investigações apontam para uma série de circunstâncias cada vez mais obscuras. Mensagens suspeitas, comportamento anormal e até mesmo o possível envenenamento através de um doce, tudo isso lança luz sobre um caso que parece saído de um thriller de suspense.
Com base em imagens de câmeras de segurança, a polícia levanta suspeitas sobre a manipulação de celulares e a possível troca de mensagens pela própria Júlia, usando o número do empresário já falecido.
Da redação do Acontece na Bahia
Foto: Reprodução/Fantástico