O jornalista esportivo Paulo Soares, conhecido carinhosamente como Amigão, morreu nesta segunda-feira (29), em São Paulo, aos 63 anos, vítima de falência de múltiplos órgãos. Ele estava internado há cerca de cinco meses no Hospital Sírio-Libanês, tratando de complicações decorrentes de problemas na coluna.
Nos últimos anos, o apresentador enfrentava dificuldades de saúde e passou por diversas cirurgias na coluna vertebral. Os procedimentos tinham como objetivo descomprimir nervos e melhorar a circulação, mas as complicações persistiram.
Com uma trajetória marcada pela leveza e carisma, Paulo Soares fez história na televisão brasileira ao lado do amigo e colega Antero Greco, que morreu em maio de 2023, aos 69 anos, em decorrência de um tumor no cérebro. Juntos, marcaram gerações à frente do SportsCenter, programa que estrearam em 2000, durante a cobertura das Olimpíadas de Sydney, e que permanece no ar até hoje.
O velório de Soares está marcado para a tarde desta segunda-feira (29), no Funeral Home, na Bela Vista, região central da capital paulista. Ele não tinha filhos e deixa a companheira Marlene.
Carreira
Natural de Araras (SP), Paulo Soares começou cedo no rádio. Aos 15 anos, em fevereiro de 1978, iniciou a carreira como narrador na Rádio Clube Ararense. Ao longo das décadas seguintes, trabalhou em emissoras de peso como Globo, Bandeirantes, Record, Gazeta e Estadão ESPN.
Na televisão, também passou por SBT, TV Cultura e TV Gazeta, até consolidar seu nome na ESPN, onde se tornou um dos apresentadores mais queridos do jornalismo esportivo.
O apelido Amigão da Galera surgiu em 1990, quando o colega Osvaldo Pascoal, na Rádio Record, passou a chamá-lo assim — marca que o acompanhou por toda a carreira e o aproximou ainda mais do público.
A despedida de Paulo Soares representa uma grande perda para o jornalismo esportivo brasileiro, mas seu legado permanece vivo entre colegas, amigos e milhões de telespectadores.
