Uma tragédia envolvendo o mundo da música e das redes sociais chocou a Cidade do México. A modelo de conteúdo adulto Angie Miller, que soma mais de 130 mil seguidores, foi presa após o namorado, o cantor Bayron Sanchez Salazar, conhecido como B King, e o músico Jorge Luis Herrera Lemos, chamado de Regio Clown, serem encontrados esquartejados na cidade de Cocotitlan.
As vítimas desapareceram no dia 16 de setembro e, seis dias depois, foram encontradas mortas. Segundo a investigação, os dois artistas foram torturados e desmembrados por traficantes após uma apresentação. Além deles, outros três corpos foram localizados no mesmo ponto, junto a uma “narcomensagem” atribuída ao cartel La Familia Michoacana, considerado uma organização terrorista estrangeira pelos Estados Unidos.
Miller, além de atuar como modelo de conteúdo adulto, comercializava réplicas das partes íntimas em sua página. A polícia acredita que ela poderia ter sido a última a ter conhecimento sobre o paradeiro das vítimas. Apesar da prisão, a modelo foi posteriormente liberada, e as autoridades mexicanas seguem apurando seu possível envolvimento.
O caso ganhou ainda mais repercussão após o empresário de B King, Juan Camilo Gallego, relatar à rádio colombiana Noticias Caracol que estava hospedado no mesmo hotel dos músicos. Ele contou que, repentinamente, ambos pararam de atender o telefone, levantando as primeiras suspeitas de desaparecimento.
A brutalidade do crime também levou a uma manifestação política. O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, culpou a guerra contra as drogas na América Latina, promovida pelos EUA, pela escalada da violência que atinge jovens artistas e profissionais da região.
“Mataram nossos jovens nos Estados Unidos do México. Uma máfia internacional fortalecida por políticas militares e proibicionistas estúpidas, chamada de ‘guerra às drogas’, que estão impondo à humanidade e à América Latina”, publicou Petro em sua conta no X.
O assassinato dos músicos e a prisão da modelo continuam sob investigação, enquanto cresce a pressão internacional para que o México intensifique o combate aos cartéis de drogas e esclareça a real participação de Angie Miller na tragédia.
Fonte: Da Redação com informações do site RIC
Foto: reprodução/ New York Post
