Mãe e irmão de ex-sinhazinha do Boi Garantido achada morta são presos no Amazonas

A prisão de Cleusimar Cardoso e Ademar Cardoso, mãe e irmão da empresária Djidja Cardoso, ex-sinhazinha do Boi Garantido, na quinta-feira (30), no Amazonas, trouxe à tona um caso complexo e cheio de mistérios. Djidja, de 32 anos, foi encontrada morta na terça-feira (28), desencadeando uma série de investigações que resultaram em prisões e revelações chocantes.

Detidos em Manaus, Cleusimar e Ademar foram presos juntamente com Verônica da Costa, gerente do salão de beleza que Djidja administrava com a família. A TV Norte Amazonas (afiliada do SBT) reportou que o Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas (TJAM) emitiu mandados de prisão preventiva contra eles na quarta-feira (29). Outros dois funcionários do salão também tiveram mandados emitidos, mas permanecem foragidos.

Segundo informações iniciais, uma rede de uso de drogas estaria operando na residência em Manaus, envolvendo familiares e pessoas próximas da ex-sinhazinha. As prisões são pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico, e estupro, com Ademar sendo acusado deste último crime.

Durante buscas no salão de beleza da família, foram encontradas ampolas de cetamina, seringas e agulhas. A cetamina, usada na medicina e veterinária por suas propriedades sedativas e alucinógenas, é comumente utilizada como substância recreativa.

Questionada pela imprensa após a prisão, Cleusimar declarou: “Na hora certa, vocês vão saber de tudo”. Ademar, ao ser perguntado sobre a acusação de estupro, afirmou usar clonazepam para dormir e disse “não saber que crime é esse”.

Na terça-feira, a família de Djidja manifestou consternação com “notícias falsas e polêmicas” sobre a causa da morte. Em nota assinada por Cleusimar e Ademar, publicada nas redes sociais, declararam: “Por conta disso, a família vem a público informar que toda e qualquer circunstância que envolve o seu falecimento será esclarecida perante às autoridades”.

A Polícia Civil informou ao portal UOL que “diligências em torno do caso estão sendo realizadas” e que mais informações não poderiam ser repassadas no momento. O TJAM não respondeu aos questionamentos sobre o caso.

Confirmada a morte de Djidja, o Boi Garantido e o salão de beleza administrado por ela e sua família também se pronunciaram. A Polícia Civil esclareceu que a causa da morte ainda não havia sido determinada, aguardando o exame necroscópico.

O Boi Garantido homenageou Djidja, dizendo que ela “permanecerá viva” na memória. A empresária defendeu o item 7, Sinhazinha da Fazenda, em 2016 e representou o personagem por cinco anos. Em 2020, Djidja escreveu nas redes sociais sobre sua experiência: “Gratidão a todos os torcedores do nosso boizinho, cada grito ali na arena me ajudou muito, vocês não têm noção da energia que nos transmitem, só peço que continuem transmitindo esse amor.”

Foto: Redes Sociais

Da redação do Acontece na Bahia