A cidade de Valinhos, no interior de São Paulo, foi tomada pela comoção após o assassinato de Clara Letícia de Paula Gonçalves, de 26 anos. A morte ocorreu na noite de sexta-feira (22), no bairro Parque Portugal, e é investigada como feminicídio. O principal suspeito é o vizinho da vítima, que fugiu após o crime e segue sendo procurado pela polícia.
De acordo com o boletim de ocorrência, Clara já havia relatado a pessoas próximas que sentia medo do homem que morava no mesmo terreno. Uma amiga contou que recebeu mensagens nas quais a vítima dizia não se sentir segura em permanecer sozinha em casa.
Na madrugada anterior ao crime, vizinhos relataram ter ouvido uma briga intensa. Segundo testemunhas, Clara gritava por socorro e teria feito um pedido desesperador: que o vizinho não matasse o filho dela. O relato reforça a linha de investigação da polícia, que aponta para um crime premeditado e motivado por relações de vizinhança conflituosas.
O detalhe mais cruel do caso, é que o filho de 3 anos da vítima, com deficiência física, ficou três dias trancado dentro da casa, sem comida, ao lado do corpo da mãe. A criança foi resgatada debilitada.
A investigação
Quando a polícia chegou à residência de Clara, encontrou um cenário perturbador. Além do corpo da vítima, foram recolhidos objetos como celular, uniforme de trabalho e uma corda improvisada com fios de cabelo. Todo o material foi encaminhado para a perícia, que deve ajudar a esclarecer a dinâmica do assassinato.
A casa do suspeito, localizada no mesmo terreno, estava aberta e completamente vazia. A ausência de pertences pessoais indica que ele teria fugido logo após o crime. A ocorrência foi registrada como feminicídio consumado, e equipes da Polícia Civil trabalham na coleta de imagens de câmeras de segurança da região para mapear a rota de fuga do investigado.
O perfil da vítima
Clara Letícia era descrita por amigos e colegas de trabalho como uma mulher dedicada e mãe zelosa. Nas redes sociais, multiplicam-se mensagens de indignação e homenagens que destacam seu carinho pelo filho e sua determinação em conciliar vida pessoal e profissional. A morte precoce causou grande revolta entre moradores de Valinhos, que pedem mais atenção das autoridades para casos de violência de gênero.
Da Redação com informações Bacci Notícias
Foto: Reprodução Redes Sociais
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