Em menos de 72 horas, Ilhéus, no sul da Bahia, registrou seis homicídios que chocaram a população e acenderam um alerta sobre a escalada da violência na região. Cinco dos crimes ocorreram na área sul da cidade, incluindo o caso que vitimou três mulheres da mesma família.
Entre as vítimas estão as professoras Alexandra Oliveira Suzart, de 45 anos, Maria Helena do Nascimento Bastos, de 41 anos, e a filha dela, Mariana Bastos da Silva, de apenas 20 anos. As três haviam saído para caminhar na Praia dos Milionários e foram encontradas mortas horas depois. O crime, que ganhou repercussão nacional, é tratado pela polícia como prioridade máxima nas investigações.
Outros assassinatos registrados
Além do caso das professoras, outros três homicídios foram registrados no mesmo período. Um jovem de 21 anos foi morto a tiros por dois homens encapuzados durante uma confraternização familiar. Em outro ponto da cidade, José Ednilson, de 46 anos, foi encontrado sem vida no bairro Hernani Sá.
A polícia não descarta a possibilidade de ligação entre esses assassinatos, já que todos aconteceram em locais relativamente próximos e em um curto intervalo de tempo.
Tentativas de feminicídio
Os crimes em Ilhéus não se limitaram aos homicídios. Duas tentativas de feminicídio foram registradas nos últimos dias.
No primeiro caso, uma jovem pedalava na orla quando foi abordada por dois homens que saíram de uma área de coqueiros. Eles tentaram roubar a bicicleta, empurraram a vítima e só fugiram após a intervenção de pedestres.
No segundo episódio, uma mulher foi perseguida por um homem armado com uma faca. A vítima conseguiu escapar pedindo ajuda a pessoas que passavam pelo local.
Reforço policial e investigações
Diante da onda de crimes, a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) determinou o envio de reforços policiais para a cidade. Equipes estão atuando em diligências, analisando impressões digitais e outras provas coletadas nos locais dos crimes.
A delegada responsável pela investigação destacou que os casos estão sendo tratados com prioridade e que todas as linhas de apuração permanecem abertas.
Medo e impacto na rotina
A sucessão de crimes em tão pouco tempo trouxe insegurança para moradores e comerciantes. Muitas famílias têm evitado circular pelas ruas e o comércio relatou uma redução significativa no movimento nos últimos dias.
“Estamos vivendo um clima de medo. Ninguém se sente seguro para sair, nem mesmo durante o dia”, relatou um morador da região sul da cidade.
O que vem pela frente
A expectativa é de que novas informações sejam reveladas nos próximos dias, conforme avançam as investigações sobre os homicídios e tentativas de feminicídio. Enquanto isso, a população cobra das autoridades uma resposta rápida e medidas mais efetivas para garantir a segurança pública.
Da Redação com informações Record TV
Foto: Reprodução Redes Sociais
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