Uma intensa mobilização policial tem sido empregada na tentativa de capturar os fugitivos da Penitenciária Federal em Mossoró, RN. A operação está concentrada na região de Vila Nova II, zona rural de Baraúna, no Rio Grande do Norte, desde a noite dessa quinta-feira (29/2). As buscas por Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva Mendonça entram no 17º dia nesta sexta-feira (1º/3), ainda sem previsão de captura.
A dupla de fugitivos foi avistada saindo de uma plantação de bananas, informação repassada pelos moradores às autoridades. Assustadas, mulheres e crianças teriam gritado por socorro; logo após, os criminosos se embrenharam no matagal e não foram mais localizados.
Um indivíduo, cuja identidade não foi revelada, foi detido na quinta-feira (29/2), em Fortaleza (CE), sob suspeita de auxiliar os dois presidiários fugitivos. Até o momento, seis pessoas foram detidas desde o início das buscas.
Segundo os investigadores, o homem seria um “parceiro forte” dos fugitivos. A polícia ainda suspeita que haja mais pessoas colaborando com os presidiários na fuga.
As autoridades acreditam que os fugitivos Rogério da Silva Mendonça, 36 anos, conhecido como Tatu, e Deibson Cabral Nascimento, 34 anos, chamado de Deisinho, ainda estejam no Rio Grande do Norte. As buscas foram intensificadas na divisa do estado com o Ceará.
De acordo com as investigações, os fugitivos têm ligação com a facção criminosa Comando Vermelho. Entre os seis detidos por auxiliarem os criminosos, dois deles foram presos em flagrante com drogas e armas. Um terceiro tinha um mandado de prisão em seu nome e foi detido pela Polícia Federal em Quixabeirinha, em Mossoró.
Os fugitivos permaneceram escondidos por oito dias no terreno do mecânico Ronaildo da Silva Fernandes, 38 anos. Segundo os investigadores, ele recebeu R$ 5 mil para abrigar os criminosos no local. Ronaildo foi preso na segunda-feira (27/2).
Um irmão de um dos fugitivos também está sob custódia. Ele tinha condenação por roubo e participação em organização criminosa, além de estar com um mandado de prisão em aberto.
Cerca de 600 policiais, incluindo 100 integrantes da Força Nacional, estão envolvidos na operação de busca pelos fugitivos. Drones e helicópteros também estão sendo utilizados nas buscas.
Segundo relatos da população, a polícia realiza visitas domiciliares e distribui cartazes com as imagens dos fugitivos, acompanhados de números de telefone para denúncias.
A polícia oferece uma recompensa de R$ 15 mil para quem fornecer informações precisas sobre o paradeiro dos criminosos.
Da redação do Acontece na Bahia