A história chocante envolvendo Érika de Souza Vieira Nunes, detida após conduzir um corpo em uma cadeira de rodas para tentar realizar um empréstimo de R$ 17 mil em uma agência bancária de Bangu, na Zona Oeste do Rio, prendeu a atenção das pessoas e está entre os assuntos mais comentados. Esta história surreal ganha uma nova perspectiva com o desabafo de Lucas Nunes dos Santos, filho de Érika Nunes, que concedeu uma entrevista exclusiva nesse último domingo (21).
A mulher foi indiciada por tentativa de furto mediante fraude e por vilipêndio, referente à desonra do corpo de uma pessoa falecida. Segundo Lucas, sua mãe é inocente. ‘Minha mãe criou seis filhos e jamais precisou recorrer ao roubo ou engano para sustentá-los. Ela guiou cada um de nós nesta jornada, sempre nos ensinando o valor do estudo e da honestidade’, afirmou. ‘Nossa família trilha um caminho sólido, e minha mãe sempre foi nossa maior inspiração’, complementou ele.
Érika de Souza Vieira Nunes foi detida em flagrante e teve sua prisão preventiva decretada ao longo da semana. ‘Ela acompanhou o falecido ao banco ao perceber que ele estava à beira da morte, tentando, antes de seu óbito, acessar esses fundos’, explicou Fábio Souza, delegado responsável pelo caso. ‘Ela enxergou uma oportunidade de resgatar esse montante, pois era sua última chance de fazê-lo.’
A família apresentou relatórios médicos assinados por psiquiatras que a atenderam através do plano de saúde familiar. Em 2022, um médico solicitou sua internação psiquiátrica, descrevendo-a como dependente de sedativos, com quadro de depressão, pensamentos suicidas e alucinações auditivas. No ano anterior, outro psiquiatra também recomendou a internação devido à dependência de sedativos e hipnóticos.
Em seu depoimento à polícia, Érika mencionou que percebeu que o parente deixou de responder enquanto recebia atendimento dos funcionários da agência bancária. Apesar da defesa ter solicitado a revogação da prisão preventiva, ainda não há um prazo definido para a resposta. ‘Uma pessoa com problemas psiquiátricos pode não compreender que o parente está morto, mas certamente também não entenderia que deveria retirar o dinheiro. Não se pode ter uma consciência seletiva’, rebatou o delegado responsável pelo caso.
Foto: G1
Fonte: G1