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Mãe da “Diaba Loira” foi morta pelo Comando Vermelho pouco antes da filha;  entenda o caso

Mãe da “Diaba Loira” foi morta pelo Comando Vermelho pouco antes da filha

Um crime marcado pela brutalidade do tráfico no Rio de Janeiro ganhou grande repercussão nacional. Pouco antes de ser assassinada a tiros na sexta-feira (15), a traficante Eweline Passos Rodrigues, de 28 anos, conhecida como Diaba Loira, revelou em um vídeo que o Comando Vermelho (CV) havia executado sua mãe. O caso, segundo autoridades, mostra mais um capítulo da guerra entre facções no estado, envolvendo também o Terceiro Comando Puro (TCP).

Horas antes de ser morta, a própria Diaba Loira gravou um vídeo em que relatava a dor pela perda da mãe. Na gravação, ela acusa diretamente o Comando Vermelho de covardia por ter atingido um membro de sua família que, segundo ela, não tinha ligação com o mundo do crime. “Nossa guerra é entre a gente, não é entre família”, disse a criminosa.

A traficante também destacou que sua mãe morava em outra região e não tinha qualquer envolvimento com suas escolhas. A execução, portanto, teria sido uma retaliação contra sua decisão de abandonar o CV e se unir ao TCP, grupo rival que disputa áreas de tráfico na capital fluminense.

Conflito entre facções

A guerra entre o Comando Vermelho e o Terceiro Comando Puro vem se intensificando nos últimos anos, resultando em mortes de traficantes, inocentes e até familiares de criminosos. No caso da Diaba Loira, a morte de sua mãe foi descrita como um “golpe baixo”, já que ela própria afirmava não querer mais envolvimento em disputas sangrentas.

No vídeo, a traficante afirmou que desejava apenas “viver sua vida em paz”, mas se mostrou inconformada com a execução materna. Ela também relatou que, mesmo tentando se manter afastada, era constantemente ameaçada pelos rivais.

Mensagem aos inimigos

Ainda no mesmo vídeo, a Diaba Loira mandou um recado aos integrantes do CV. Segundo ela, “a mão de Deus iria pesar” sobre aqueles que decidiram envolver sua família no conflito. Para a criminosa, “família é algo intocável” e ultrapassar esse limite significava uma afronta que jamais poderia ser perdoada.

Apesar da gravidade das acusações, a traficante afirmou que não pretendia buscar vingança por conta própria. Disse que estava vivendo “um dia após o outro” e que confiava que “tudo aconteceria no tempo de Deus”.

O destino trágico

Pouco depois da publicação dos vídeos, a Diaba Loira foi morta a tiros em circunstâncias que ainda estão sendo investigadas. De acordo com informações preliminares, o crime teria ligação direta com a disputa entre facções, reforçando a suspeita de que a morte da mãe e da filha fizeram parte de uma mesma retaliação planejada.

A Polícia Civil do Rio de Janeiro segue investigando o caso e busca identificar os responsáveis pelas execuções. O episódio reacendeu debates sobre a crueldade das guerras do tráfico e o impacto que essas disputas têm sobre famílias inteiras, inclusive as que não possuem envolvimento com facções criminosas.

Repercussão nas redes sociais

O caso da Diaba Loira repercutiu fortemente nas redes sociais. Muitos usuários comentaram a brutalidade do crime e destacaram a contradição de uma criminosa pedir proteção para a família ao mesmo tempo em que participava de uma facção responsável por inúmeros homicídios. Outros, no entanto, ressaltaram que a morte de sua mãe representou um ponto de extrema violência até mesmo dentro da lógica do tráfico.

Fonte: Metrópoles 

Foto: Reprodução Rede Sociais

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