DNA de suspeito não aparece em vítimas do caso das três mulheres em Ilhéus; veja o que a polícia revelou

DNA de suspeito não aparece em vítimas do caso das três mulheres em Ilhéus; veja o que a polícia revelou

O brutal assassinato de três mulheres na Praia dos Milionários, zona sul de Ilhéus, continua cercado de dúvidas e contradições. Embora a Polícia Civil tenha apresentado um autor confesso, os laudos de DNA colocam em xeque a versão oficial e reforçam as incertezas em torno do crime que chocou a Bahia.

DNA não confirma autoria

O suspeito Thierry Lima da Silva, de 23 anos, foi preso dias após o crime, mas o DNA dele não foi encontrado nos corpos das vítimas nem nas três facas analisadas como possíveis armas do homicídio.

O exame foi realizado no Departamento de Polícia Técnica (DPT), em Salvador. O laudo, divulgado na última quinta-feira (11), confirmou a ausência de material genético de Thierry e de outros três investigados. A perícia também descartou indícios de estupro e não identificou qualquer vestígio de DNA dos suspeitos no local das mortes.

“Não foi encontrado DNA dele (Thierry) nem dos demais nos objetos recolhidos do local. Em crimes com arma branca, geralmente fica sangue misturado do autor, cortes comuns ao usar faca em briga. Se ele é réu confesso, deve ter dito onde enterrou a faca. Como não acharam ainda?”, questionou, em anonimato, um perito criminal do DPT.

Contradições no inquérito

As dúvidas aumentam com o fato de as digitais dos acusados também não estarem presentes nas facas apresentadas pela Polícia Civil. A defesa de Thierry sustenta que a confissão dele foi feita sob pressão e sem provas materiais que sustentem a acusação.

Novas amostras foram encaminhadas ao DPT no dia 12 deste mês, o que mantém o caso em aberto e adia uma conclusão definitiva sobre a autoria.

Cidade em choque

A tragédia em Ilhéus provocou comoção nacional e levantou debates sobre a vulnerabilidade das mulheres em áreas de lazer e turismo. Moradores cobram mais segurança na região da Praia dos Milionários, onde o crime ocorreu em plena luz do dia, quando as vítimas faziam uma caminhada.

Especialistas em segurança pública também apontam que a ausência de provas materiais sólidas pode comprometer o andamento do inquérito e gerar desconfiança em relação ao trabalho da polícia.

Investigações continuam

Enquanto o processo avança, familiares das vítimas aguardam respostas consistentes. A polícia afirma que as investigações continuam e que outras linhas de apuração não estão descartadas.

O caso segue como um dos mais complexos registrados em Ilhéus nos últimos anos, combinando brutalidade, confissão questionada e laudos periciais que desafiam a narrativa oficial.

Da Redação com informações do Portal Fábio Roberto Notícias

Foto: reprodução/ Redes Sociais

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