Search
Close this search box.

Caso Henry ganha novos desdobramentos após denúncia de pai: “Posso ser a próxima Marielle”

Caso Henry ganha novos desdobramentos após denúncia de pai: “Posso ser a próxima Marielle”

O vereador Leniel Borel, pai do menino Henry, assassinado em 2021 no apartamento da mãe, Monique Medeiros, e do então padrasto, o médico Jairo Souza Santos Júnior, conhecido como “Dr. Jairinho”, revelou em entrevista exclusiva ao BacciNotícias que vive sob ameaça constante.

Segundo o pai, sua vida estaria na mira de uma organização criminosa supostamente liderada pelo coronel da Polícia Militar da reserva, Jairo Souza Santos, pai de Jairinho. O grupo teria como objetivo silenciá-lo e descredibilizá-lo no júri popular que vai julgar o assassinato de Henry.

“Hoje eu temo de me tornar a próxima Marielle aqui no Rio de Janeiro”, disse Leniel, em referência à vereadora Marielle Franco, morta em 2018 em um crime ainda sem solução definitiva.

O pai afirma que desde a morte do filho, há cinco anos, as intimidações aumentaram, passando de indiretas para ataques frontais. “Eles estão tentando contra a minha vida: assessores do Jairo, o próprio Jairo, familiares… querem me apagar, me calar, parar esse pai”, relatou.

De acordo com o vereador, a quadrilha teria sido formada para interferir diretamente no julgamento do caso Henry. “O foco deles é o júri. Querem que eu chegue ao julgamento descredibilizado ou que seja removido do processo. Para eles, a vitória é me tirar do júri”, destacou.

Entre as estratégias, o pai cita crimes contra a honra, perseguição, manipulação de testemunhas e até o uso de uma “milícia digital”. “Eles cooptaram Fernanda Piacentini, que fez 350 lives contra mim, e até meu ex-advogado. Trouxeram uma pastora dos EUA para me acusar falsamente de agressão”, revelou.

O vereador disse ainda que, após ser eleito, os ataques se intensificaram. “As ameaças aumentaram. O próximo passo é atentar contra a minha vida. Já procurei autoridades policiais e o Ministério Público. Falei com o Procurador-Geral de Justiça e com o Núcleo de Apoio a Vítimas pedindo ação rápida contra essa organização criminosa.”

Leniel encerrou com um apelo: “Temo de me tornar a próxima Marielle. Essa organização está claramente estruturada. São muitas ações contra mim, minha família e minha reputação. Eles não vão parar tão cedo.”

Queixa-crime

O pai já ingressou com duas queixas-crime contra o coronel Jairo Souza Santos. Segundo a defesa, novas ações estão em andamento, motivadas por transmissões ao vivo em que o militar o teria ofendido e insinuado que Leniel teria responsabilidade na morte do filho.

Durante essas transmissões, o coronel chamou o pai de Henry de “vagabundo” e “pilantra”, acusando-o de usar a tragédia para se eleger vereador. As queixas tramitam na 14ª e 32ª Varas Criminais do Rio de Janeiro.

A defesa de Leniel afirma que ele é vítima indireta do homicídio do filho e, ao mesmo tempo, alvo direto de crimes subsequentes, como perseguição, calúnia, difamação e coação no curso do processo.

O caso segue em segredo de Justiça.

Da Redação com informações da Bacci Notícias

Foto: Reprodução/ Redes Sociais

Leia mais notícias abaixo

Polícia espera vítima acordar de coma para esclarecer possível crime em SP

“Que orgulho ser daqui da Bahia. Aqui a extrema-direita não se cria. Aqui não, pai”, disse Wagner Moura em ato contra PEC da Blindagem e Anistia

Médica e Influencer falece aos 27 anos e causa comoção na cidade