O início da campanha eleitoral em Baixa Grande tem gerado um incômodo crescente na população. A utilização excessiva de fogos de artifício por algumas coligações não só acendeu as discussões políticas, como também provocou uma onda de reclamações por parte de diversos setores da sociedade, especialmente aqueles mais vulneráveis aos barulhos intensos, como idosos, crianças, autistas e também os animais. A prática, além de cara, levanta preocupações sobre o impacto ambiental e o desperdício de recursos pelos candidatos.
Durante o período eleitoral, é comum eventos cheios de luzes e sons altos na disputa pelo voto. No entanto, o ruído provocado por explosões de fogos de artifício causa desconforto físico e mental em grupos que já são naturalmente sensíveis a estímulos sonoros intensos. Além disso, os animais também sofrem, muitas vezes entrando em pânico diante do estrondo provocado pelos fogos de artifício.
A insatisfação da população baixagrandense já se faz presente nas redes sociais, onde cresce o apelo para que as coligações façam um pacto e evitem o uso de fogos de artifício. Líderes religiosos também manifestam sua preocupação, pois o barulho excessivo interrompe cultos e celebrações. Além disso, hospitais, que precisam de silêncio para o repouso e recuperação dos pacientes, estão sendo impactados negativamente.
É importante lembrar que recentemente o Ministério Público Eleitoral emitiu uma recomendação aos órgãos partidários de Amélia Rodrigues e Conceição do Jacuípe para que não utilizem fogos de artifício com emissão sonora de qualquer intensidade durante o período eleitoral. A medida, conduzida pelo promotor de Justiça Victor Teixeira, baseia-se em uma resolução do Tribunal Superior Eleitoral, que proíbe propaganda eleitoral que perturbe o sossego público, seja através de algazarra ou do abuso de instrumentos sonoros, incluindo fogos de artifício.
Da redação do Acontece na Bahia
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