Em meados de maio, dos 14,9 milhões de habitantes que vivem na Bahia, cerca de 1,1 milhão serão infectados pelo novo coronavírus, o que representa cerca de 7,4% da população.
A pesquisa foi realizada pelo professor e coordenador do Grupo PET, da Faculdade de Economia da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), Cleiton Silva, e pela estudante do 9º semestre Yasmin Oliveira, e foi amplamente divulgada na última quarta-feira (1). Os casos podem triplicar se a população abandonar as medidas de isolamento social, aponta estudo.
O levantamento informou que o crescimento diário de casos confirmados da Covid-19 tem sido de 23%, observado o intervalo de 6 a 31 de março. “O número assusta, eu também fiquei assustado quando concluí os cálculos, mas está em acordo com estudos internacionais. As projeções podem mudar dependendo das medidas que forem adotadas pelas autoridades nos próximos dias e do comportamento do vírus em nossa sociedade, mas, no cenário atual, essa é a estimativa. Haverá um pico de infectados no meio do mês de maio e depois vai começar a diminuir”, afirmou Silva.
“Fiz um comparativo com outros estados e na Bahia a situação não é das piores. Foram registrados dois óbitos em um mês de pandemia e a curva de infectados está abaixo das projeções iniciais. Muito disso se deve as ações adotadas pelas autoridades, como o isolamento social e a redução do fluxo de pessoas entre os municípios”, complementou.
A pesquisa também destaca que a população que tem entre 70 e 79 anos tem mais incidência entre os contaminados na Bahia. Além disso, o levantamento aponta que os infectados representam cerca de 4% do total de casos notificados.
