A maior parte da herança deixada por Mário Jorge Lobo Zagallo (1931-2024) ficará com Mário César de Castro Zagallo. Ele terá direito a 62% dos bens do ex-jogador, que já havia deixado claro o desejo de que o caçula fosse o mais beneficiado na divisão de bens.
Em um documento obtido pelo Notícias da TV, o juiz Milton Delgado Soares confirmou a validade do testamento de Zagallo e aceitou sua vontade de que Mário César administre o patrimônio. “Em não sendo vislumbrado qualquer vício que possa induzir à nulidade ou falsidade, determino o registro, arquivamento e cumprimento do testamento feito pelo falecido”, determinou o magistrado. “Nomeio Mário César de Castro Zagallo como testamenteiro, devendo ele ser intimado para firmar o respectivo compromisso, nos termos do art. 735”, acrescentou Soares.
Após a decisão judicial, os herdeiros Paulo Jorge de Castro Zagallo, Maria Emília de Castro Zagallo e Maria Cristina Zagallo Ballester ficarão com 12,5% dos bens de Zagallo cada.
Apesar de terem afirmado à imprensa que contestariam o testamento na Justiça, os outros herdeiros não o fizeram.
O conflito entre Zagallo e seus filhos começou devido a uma disputa judicial que os três filhos mais velhos travaram contra ele. Após a morte de sua esposa, Alcina de Castro Zagallo, em 2012, o ex-jogador foi nomeado administrador dos bens e alegou que sua esposa não deixara nenhum testamento. No entanto, o documento já havia sido elaborado por ela, e ela também havia registrado que Zagallo seria responsável por seu patrimônio.
Apesar do desejo expresso por Alcina, os três filhos entraram com um pedido na Justiça para anular a primeira decisão. O pedido foi negado sob a justificativa de que a vontade da esposa já havia sido manifestada.
A atitude dos filhos irritou Zagallo, que optou por deixar a maior parte de sua herança para o caçula, Mário César, o único que não se envolveu na disputa.
Da redação do Acontece na Bahia
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