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“Conhecia Sim” Amigo contraria versão de homem que arrastou mulher em SP.

Um amigo de Douglas Alves da Silva, suspeito de atropelar e arrastar uma mulher pela Marginal Tietê, na zona norte de São Paulo, contrariou a versão do rapaz em depoimento à PCESP (Polícia Civil do Estado de São Paulo), no último sábado (29).

A testemunha, identificada como Kauan Silva Bezerra, de 19 anos, relata que acompanhava Douglas desde o início da noite e confirmou que o amigo conversava com a vítima, Tainara Souza Santos, no bar, instantes antes do crime. Ele diz que é amigo do rapaz há cerca de quatro anos.

Enquanto Douglas afirmou à PCESP que não conhecia Tainara Souza Santos, Kauan declarou que o homem tinha um relacionamento amoroso com a vítima e que ela havia terminado a relação há pouco tempo.

De acordo com o depoimento do amigo, Tainara estaria conversando com outro rapaz na festa e que isso teria deixado o suspeito “enfurecido”.

Ao fim da madrugada, já do lado de fora do estabelecimento, ele viu o momento em que o clima se alterou e os dois passaram a discutir de maneira acalorada. De acordo com o relato, a discussão teria sido motivada por ciúmes, o que aumentou a tensão entre eles antes que Douglas seguisse para o carro.

Ele confirmou à polícia que Douglas era o condutor, desmentindo a versão apresentada pelo amigo, que negou em vídeo qualquer vínculo com a vítima.

Ainda no depoimento, Kauan afirmou que sentou no banco do passageiro e, já dentro do carro, Douglas deu uma volta contornando o rio e “do nada” começou a acelerar. Logo em seguida, jogou o carro em direção a Tainara. O amigo conta que neste momento teria ficado “sem reação”.

Ele relata que após a vítima ser atropelada, o suspeito puxou o freio de mão do carro e ficou “dando pressão” com a intenção de tentar matá-la.

Kauan conta que Douglas soltou o freio de mão e saiu em disparada, mas que percebeu que algo prendia o carro.

O amigo relata que entrou em desespero e pediu para que o suspeito parasse o veículo. Ao descer do carro, Kauan viu que Tainara estava caída ao chão e presa abaixo do carro.

Após isso, uma multidão veio atrás deles, de acordo com o depoimento, para socorrer Tainara. Ele conta, ainda, que Douglas só parou o carro após ele ter gritado.

O depoente afirma que naquele momento não conseguia acreditar que o amigo tinha feito aquilo e que não conseguiu impedi-lo. Ele também afirma que não esperava que ele agisse dessa forma.

Para a investigação, o relato do jovem é peça-chave para entender a dinâmica do atropelamento, que resultou no arrastamento da vítima por aproximadamente um quilômetro, segundo vídeos e testemunhas.

A Polícia Civil trata o caso como tentativa de homicídio qualificado, com as agravantes de feminicídio, motivo fútil e meio cruel. O depoimento de Kauan reforça a conclusão dos investigadores de que não houve acidente, mas uma ação antecedida por discussão e relação prévia entre autor e vítima.

Foto: Redes Sociais.

Fonte: CNN