A Polícia Civil de Ribeirão Preto concluiu o inquérito sobre a morte de Nathália Garnica, ocorrida em fevereiro de 2025, e indiciou Elizabete Arrabaça, mãe da vítima, pelo crime. A morte, inicialmente registrada como natural, foi confirmada como envenenamento por chumbinho após exumação do corpo e exame toxicológico. O caso foi encaminhado ao Ministério Público para análise e decisão judicial.
As investigações iniciaram-se durante apurações sobre o assassinato de Larissa Rodrigues, professora de pilates morta em Ribeirão Preto. Elizabete e seu filho Luiz Garnica, irmão de Nathália, foram presos pelo crime contra Larissa. Semelhanças entre os casos levaram à reabertura da morte de Nathália. Em 23 de maio de 2025, o corpo foi exumado no cemitério de Pontal, e o laudo do Instituto Médico Legal (IML) identificou chumbinho nas vísceras como causa da morte.
Provas coletadas incluem buscas no celular de Elizabete realizadas no dia anterior à morte de Nathália, com termos como “chumbinho” e outros venenos. O exame toxicológico confirmou a presença do agrotóxico no organismo da vítima.
Testemunhas relataram discussão entre mãe e filha pouco antes do óbito. Nathália planejava retornar com um ex-namorado e ter filhos, plano do qual Elizabete discordava. Elizabete viajou de Ribeirão Preto para Pontal após saber desses planos. A polícia aponta motivação financeira: Elizabete acumulava dívidas relacionadas a jogos de azar e seria herdeira dos bens de Nathália.
Luiz Garnica e Viviane, irmã de Nathália, foram investigados, mas não há provas de participação no crime, diferentemente do caso de Larissa.
O inquérito foi relatado e encaminhado ao Ministério Público. A partir de agora, a apuração segue sob análise do MP e decisão do Poder Judiciário, incluindo pedido de prisão preventiva de Elizabete.
Atualizações no Caso Larissa Rodrigues
Em audiência ocorrida na quinta-feira, 17 de outubro de 2025, Luiz Garnica prestou depoimento remoto da Penitenciária de Serra Azul, com duração de duas horas. Ele negou envolvimento na morte de Larissa, afirmou amá-la e descreveu o relacionamento, incluindo o encontro com a amante.
Elizabete Arrabaça depôs remotamente por uma hora e meia, negou as acusações e relatou ter preparado sopa para Larissa, que Luiz retirou de sua casa e entregou à vítima no dia do crime.
O advogado de Elizabete, Dr. Bruno, informou que ela recebe assistência de outra detenta, designada como cuidadora, na penitenciária. O juiz autorizou visitas da amante de Luiz ao longo do processo. Foram ouvidos o pai de Luiz e um amigo, que depuseram sem a presença dos réus.
Os casos de Nathália Garnica, Larissa Rodrigues e a morte de uma amiga de Elizabete no ano de 2010 são investigados separadamente, apesar de conexões familiares. As movimentações processuais coincidiram na data da audiência de Larissa, que discute possível envio a júri popular.
Foto: Divulgação.
Fonte: Record