Nas redes sociais, uma onda de homenagens emocionadas voltou a lembrar o ato heroico da professora Heley de Abreu Silva Batista, de 43 anos, que deu a própria vida para salvar dezenas de crianças durante um incêndio em uma creche de Janaúba, no norte de Minas Gerais.
O caso, que chocou o Brasil em outubro de 2017, ainda comove pais, educadores e internautas que destacam a coragem e o amor da professora — agora relembrada como um símbolo de bravura e humanidade.
Heley trabalhava no Centro Municipal Gente Inocente desde 2016 e era reconhecida pelo carinho com que tratava seus alunos. Naquele dia, preparava pipocas e doces para a comemoração do Dia das Crianças. O ambiente de alegria se transformou em desespero quando o vigilante Damião dos Santos, de 50 anos, ateou fogo no próprio corpo e espalhou gasolina pela sala de aula.
Coragem até o fim
Enquanto o pânico se espalhava, Heley não recuou. Segundo testemunhas, ela lutou fisicamente contra o agressor, tentando impedir que ele alcançasse mais crianças. Com o corpo em chamas, conseguiu salvar pelo menos 25 pequenos alunos.
A professora sofreu queimaduras em 90% do corpo e não resistiu. Dez crianças também morreram, e outras quarenta ficaram feridas. Seu gesto, no entanto, evitou uma tragédia ainda maior.
No funeral de Heley, um ônibus escolar foi colocado à frente do cortejo — um símbolo da missão que ela abraçou até o último instante: proteger as crianças.
Uma vida marcada pelo amor
Casada há mais de duas décadas e mãe de três filhas, Heley já havia enfrentado uma dor profunda anos antes, quando perdeu um filho de quatro anos afogado em uma piscina. Mesmo assim, encontrou forças para continuar ensinando e cuidando de outras crianças, dedicando-se à educação como uma forma de amor e superação.
“Heley morreu como viveu: protegendo e amando suas crianças até o último instante”, escreveu uma das mensagens mais compartilhadas nas redes nesta semana.
Legado e inspiração
O nome da professora Heley heroína batiza hoje escolas, projetos sociais e premiações em todo o país. Ela é lembrada não apenas por seu ato final, mas por uma trajetória marcada por dedicação, coragem e empatia.
Nas redes, as homenagens seguem se multiplicando: “Ela é o tipo de pessoa que o tempo não apaga. Heley é luz, é exemplo, é amor em forma de coragem”, escreveu uma internauta.
O gesto de Heley de Abreu continua a inspirar educadores e famílias em todo o Brasil — uma mulher comum que se tornou eterna pela força do seu amor.
Da Redação
Foto: reprodução / Redes Sociais