Em uma nova carta escrita na prisão de Guarulhos, Maicol dos Santos, único acusado pelo assassinato de Vitória Regina, de 17 anos, ocorrido em março de 2025 em Cajamar, São Paulo, afirma que foi coagido a assumir um crime que nega ter cometido. A carta, datada de 8 de setembro e composta por quatro páginas A4, teve sua autenticidade confirmada pela defesa do jovem.
No documento, Maicol relata que, na noite de 17 de março, recebeu a visita de seus advogados, que teriam sido informados sobre uma suposta confissão, a qual ele nega ter feito. Por volta das 22 horas, segundo a carta, um investigador o teria ameaçado, assim como a seus familiares, caso não cooperasse. Após a visita, ele alega ter sido trancado em um banheiro sem condições de locomoção.
O jovem solicita acesso às imagens das câmeras da delegacia para comprovar os fatos relatados. Segundo Maicol, ele foi levado à sala do delegado, onde foi informado que seus advogados haviam abandonado o caso e que uma nova advogada, chamada Glória, o representaria. Na presença do delegado, investigadores, guardas municipais, a advogada Glória e o secretário de segurança pública de Cajamar, ele teria sido pressionado a confessar o crime.
Ainda de acordo com a carta, o secretário de segurança, junto com a advogada, indicou que Maicol deveria seguir suas instruções, prometendo benefícios para sua família, incluindo mudança de residência em outra cidade, caso ele cooperasse. Durante o episódio, um investigador orientou Maicol a afirmar que teria tido um relacionamento com Vitória, o que ele nega veementemente. Ele também afirma que a narrativa do crime, incluindo o trajeto e a dinâmica dos fatos, foi construída com a ajuda das autoridades.
Em sua carta, Maicol reitera não ter qualquer relação com Vitória ou motivação para o assassinato, e sugere que a polícia de Cajamar pode estar ocultando o verdadeiro autor do crime. Ele reforça a necessidade de disponibilização do circuito interno de áudio e vídeo da delegacia para comprovar sua versão.
A polícia, por sua vez, mantém que Maicol, de 26 anos, agiu sozinho e é responsável pela morte de Vitória. Até o momento, não houve retorno do secretário de segurança pública de Cajamar sobre as alegações apresentadas na carta.
O caso continua sob investigação, e a carta aumenta o debate sobre o tratamento de suspeitos em casos de grande repercussão e a importância de transparência nos procedimentos policiais.
Da Redação com informações do TV Record
Foto: Reprodução/Redes Sociais
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