Momentos de terror marcaram a madrugada desta quinta-feira (17) no Hospital Municipal Pedro II, em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Oito homens encapuzados e fortemente armados invadiram a unidade de saúde em busca de um paciente baleado que estava internado.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, os criminosos renderam seguranças que estavam de plantão na entrada da garagem do hospital. Um dos homens vestia um uniforme da Delegacia de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Draco), possivelmente para confundir funcionários e facilitar a entrada no local.
O grupo seguiu em direção ao centro cirúrgico à procura do paciente, vítima de nove disparos de arma de fogo. No entanto, ele não foi localizado, já que estava internado em outro setor da unidade.
Pânico entre pacientes e profissionais de saúde
O ataque gerou pânico dentro do hospital, que estava em pleno funcionamento no momento da invasão. Procedimentos cirúrgicos estavam em andamento e profissionais faziam o transporte de bolsas de sangue, trabalho que precisou ser interrompido.
“Pacientes graves estavam sendo atendidos no CTI e operações estavam acontecendo no momento. Profissionais estavam fazendo transporte de bolsas de sangue e foram impedidos de realizar esse trabalho”, afirmou o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz.
Apesar da tensão, ninguém ficou ferido durante a ação dos criminosos.
Polícia reage e reforça segurança
A Polícia Militar foi acionada imediatamente e enviou equipes para reforçar a segurança no hospital. O paciente alvo da tentativa de resgate ou execução está sob custódia da PM e deve ser transferido para outra unidade por motivos de segurança.
De acordo com as primeiras informações da investigação, os homens seriam integrantes de uma milícia que atua na região. A polícia ainda confirmou que a residência do paciente havia sido destruída recentemente, reforçando a hipótese de que ele seria uma testemunha de crimes ligados a grupos paramilitares.
Contexto da violência
A invasão expõe mais uma vez a vulnerabilidade das instituições de saúde no Rio de Janeiro, que frequentemente se tornam palco de confrontos e ações criminosas ligadas a facções e milícias. Hospitais, que deveriam ser espaços de proteção e cuidado, acabam se tornando alvos de violência, colocando em risco pacientes e profissionais.
A Secretaria Municipal de Saúde informou que está em contato com autoridades policiais para garantir maior segurança nos hospitais da capital, principalmente em unidades localizadas em áreas de conflito.
O caso está sendo investigado pela Polícia Civil, que busca identificar os homens responsáveis pela invasão e determinar se a ação foi uma tentativa de resgate ou de execução do paciente baleado.
Da Redação com informações do G1
Foto: Reprodução/ G1
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