Um senador levantou polêmica em Brasília ao apresentar um projeto de lei que cria o “Dia Nacional da Vergonha”, marcado para ser celebrado em 2 de setembro — data em que teve início o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF).
A proposta é de autoria de Magno Malta (PL-ES), que afirmou tratar-se de um convite à reflexão sobre os rumos políticos recentes do país. Segundo ele, o processo contra Bolsonaro e outros sete acusados de tentativa de golpe seria motivado mais por interesses políticos do que jurídicos.
“É um convite a olhar para o passado recente com honestidade, reconhecer erros cometidos e fortalecer o compromisso com a verdade, a justiça e a democracia”, declarou o parlamentar em nota oficial.
O que está em jogo
O julgamento envolve denúncias da Procuradoria-Geral da República (PGR), que acusa Bolsonaro e seus aliados de cinco crimes, incluindo tentativa de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito. A análise ocorre na Primeira Turma do STF e segue despertando forte atenção nacional.
Enquanto isso, o PL, partido do ex-presidente, continua pressionando por uma anistia total dos envolvidos nos atos de 8 de Janeiro, mesmo diante do risco de inconstitucionalidade.
Caminho do projeto
O texto apresentado por Magno Malta será analisado em comissões do Senado antes de ir ao plenário. Caso aprovado, a data passará a integrar oficialmente o calendário nacional.
A iniciativa dividiu opiniões entre parlamentares, especialistas e a população nas redes sociais, tornando-se um dos temas mais comentados do cenário político nos últimos dias.
Da Redação com informações Agência Senado
Foto: Reprodução Waldemir Barreto / Agência Senado
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