Durante o tradicional desfile de 7 de setembro em Salvador, o deputado Jorge Solla (PT-BA) se uniu ao protesto conhecido como “Grito dos Excluídos”, que neste ano destacou a cobrança pela taxação dos super-ricos e o fim da escala 6×1 no Brasil. O ato aconteceu neste domingo (7) entre o Campo Grande e a Praça Castro Alves, reunindo militantes, trabalhadores e representantes de movimentos sociais.
Com faixas de impacto como “Taxar os super-ricos é fazer justiça com quem trabalha” e “Vida além do trabalho. Fim da escala 6×1”, os manifestantes chamaram a atenção durante o percurso do desfile da independência.

Em suas redes sociais, Jorge Solla declarou:

“Estivemos no Grito dos Excluídos, em Salvador, para reafirmar a independência do nosso país e nos juntar à luta por mais justiça para trabalhadores e trabalhadoras. O Brasil tem um único dono, que é o povo brasileiro!”.
O que está em jogo
O deputado já havia defendido anteriormente a proposta de tributar grandes fortunas, lucros e remessas ao exterior. Segundo ele, cerca de 130 mil brasileiros considerados ultra-ricos pagam menos de 10% de imposto, enquanto a maioria da população chega a contribuir com até 27,5% do rendimento mensal.
“O presidente Lula prometeu colocar o pobre no orçamento e o rico no imposto de renda. Já trouxe o pobre de volta, agora é hora de cobrar dos mais ricos”, reforçou o parlamentar.
Taxação dos super-ricos em debate no Congresso
O governo federal encaminhou ao Congresso o Projeto de Lei 1087/25, em regime de urgência, que prevê isenção total do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil e redução parcial para salários até R$ 7.300. Para equilibrar as contas, a proposta aumenta a tributação sobre grandes investidores e fortunas.
Na Câmara, especialistas foram ouvidos em audiência pública para avaliar os impactos da medida. Apesar da resistência de parte dos parlamentares, a expectativa do governo é de aprovação ainda este ano.
A presença de Jorge Solla no protesto reforça o alinhamento de parte da bancada do PT com o discurso de justiça fiscal, um tema que deve pautar os próximos meses de debates em Brasília.
Da Redação
Foto: Reprodução Redes Sociais
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