Leonardo Pereira dos Santos, o pastor Leonardo, pai da jovem Sarah Picolotto, de 20 anos, encontrada morta ontem, sexta(15), em Ubatuba, numa postagem feita na quinta(14), nas redes sociais, pressentiu que sua filha poderia estar morta. Confira:
Como temos visto muito comentários maldoso. Venho por essa postagem dizer que é sério a situação ok, quem tiver alguma informação local ajude. Detalhe a minha filha possivelmente pode estar morta e muitos nem empatia tem com um ser humano. Minha filha curtia a vida curtia, usava drogas usava, gostava de baile funk, mas me diga aí hj essa juventude quem não faz isso, julgar é fácil mas a realidade de pai e mãe não é .
E, foi o próprio pai, quem informou, também, através das redes sociais, na sexta-feira(16), que sua filha teria sido encontrada morta em Ubatuba. Os pais de Sarah, Leonardo e Tânia, trabalham na área da educação em Jundiaí e são muito conhecidos e respeitados. O irmão Matheus também está muito abalado com a morte da irmã. O crime abalou a cidade de Jundiaí.
Centenas de amigos e moradores da cidade postaram nas redes sociais mensagens lamentando a morte da jovem e de apoio à família. O prefeito da cidade, Gustavo Martinelli, se pronunciou nas redes sociais sobre o crime que vitimou a jovem jundiaiense Sarah Picolotto, de 20 anos, assassinada na cidade de Ubatuba, no litoral paulista.
Em nota de pesar, o chefe do Executivo municipal manifestou “profunda tristeza e indignação” pelo ocorrido e se solidarizou com os pais de Sarah, que são servidores da Rede Municipal de Educação, colocando-se à disposição da família. O prefeito também destacou a necessidade de que o caso seja apurado com rigor e urgência, para que a Justiça seja feita.
Crime
A jovem Sarah Picolotto, de 20 anos, deixou sua casa na Vila Progresso, em Jundiaí, no dia 8 de agosto, uma sexta-feira, para passar um fim de semana na casa de um amigo de Ubatuba, W.S.A., que conheceu através da internet. O último contato com a família foi feito no domingo(10).
Como a filha não dava retorno, a mãe Tânia Cristina Picolotto, decidiu procurar W.S.A. e sua família para saber notícias de Sarah. Tânia conversou com o amigo e com a mãe dele, onde Sarah estava hospedada. Ambos informaram que a jovem saiu, deixou seus pertences e não retornou.
A família decidiu registrar boletim de ocorrência sobre o suposto desaparecimento de Sarah e pediu a colaboração de todos através das redes sociais na localização da filha dela. Qualquer informação sobre o paradeiro de Sarah deveria ser repassada à Polícia Militar pelo 190 ou à Polícia Civil.
A polícia civil de Ubatuba conseguiu informações sobre o suposto envolvimento de Alessandro Neves Santos Ferreira, de 24 anos, no desaparecimento da jovem. Na sexta-feira(15), Alessandro teria confessando o assassinato.
No interrogatório, segundo a polícia, ele teria afirmado que convidou a vítima para sua casa, onde tiveram relação sexual consentida. Ele relatou que, após a vítima ter dito algo que o irritou (não se recorda exatamente do que), a enforcou e, após o efeito de entorpecentes passar, levou o corpo para a mata, na região do Rio Escuro, cobrindo-o com folhas. Alessandro também teria informado que tria jogado o celular e as roupas de Sarah em um rio.
A Polícia Civil apura a possível ocorrência de estupro coletivo e eventual crime de vulnerável, solicitando exames necroscópicos, toxicológicos e sexológicos. O corpo da jovem foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Caraguatatuba para exames necroscópicos, toxicológicos e coleta de material genético que poderá esclarecer se houve violência sexual. Somente após a conclusão dos procedimentos, o corpo seria liberado para sepultamento em Jundiaí.
Outras pessoas podem ter participado do crime, segundo suspeita a polícia. A jovem esteve numa adega e manteve contato com outras pessoas. A polícia tenta identificar quem esteve com Sarah. Após a confissão de Alessandro, a polícia civil de Ubatuba representou pela sua prisão temporária pelo período de 30 dias.
A morte brutal de Sarah ganhou ainda mais repercussão na sexta-feira(15), após a Justiça decidir colocar em liberdade o principal suspeito do crime, Alessandro Neves Santos Ferreira, de 24 anos, apesar da prisão dele ter sido acatada pelo Ministério Público. Alessandro foi solto após passar por audiência de custódia, decisão que revoltou familiares e amigos da vítima. Leonardo Pereira dos Santos, pai da vítima, lamentou a soltura de Alessandro.
Foto:
Fonte: Notícias das Praias.