Caso Sara: Réus deixam interrogatório nesta terça-feira (7) sob revolta popular: ‘assassinos’

A tragédia que marcou a morte da cantora gospel Sara Freitas ganha novo destaque nesta terça-feira (7), com o encerramento do terceiro dia de audiência de instrução. O caso, que chocou a população desde outubro do ano passado, trouxe à tona o interrogatório dos quatro homens apontados como os responsáveis pelo crime brutal.

Ederlan Santos Mariano, Weslen Pablo Correia de Jesus, Gideão Duarte de Lima e Victor Gabriel Oliveira Neves foram ouvidos durante a sessão que durou cerca de três horas na Sala do Júri do Fórum Criminal de Dias D’Ávila. A expectativa recai sobre a decisão judicial que determinará se os réus irão ou não a júri popular, mas essa definição ainda não tem data”, relata o desenrolar do evento.

O primeiro a prestar esclarecimentos foi Ederlan Mariano, ex-marido da vítima e apontado como mandante do crime. Segundo o advogado da família de Sara, Ederlan optou pelo silêncio diante das acusações, mas negou veementemente qualquer envolvimento no assassinato. O advogado de defesa, Otto Lopes, endossa a declaração, enfatizando a inocência de seu cliente.

Entretanto, a trama se complica quando confrontada com as contradições. Enquanto na delegacia Ederlan assumira a autoria do crime, posteriormente, em audiência, mudou sua versão, negando envolvimento. Apesar disso, sua defesa permanece firme em sua inocência, desafiando qualquer prova que o incrimine.

O segundo réu, Bispo Zadoque, preferiu o silêncio durante seu interrogatório, sendo apontado pelos demais acusados como o principal mandante do crime. Já os últimos réus, Gideão Duarte e Victor Gabriel Oliveira, adotaram uma estratégia semelhante, modificando suas declarações.

Após os depoimentos, os réus foram cercados por populares, que os acompanharam até o veículo da escolta policial, expressando sua revolta. “Assassinos”, gritavam, evidenciando o clamor por justiça diante de tão hediondo crime.

Da redação do Acontece na Bahia

Foto: Reprodução