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Quadrilha invade fazenda e mata sete vacas prenhas em cidade próxima de Salvador; relatos chocam

Quadrilha invade fazenda e mata sete vacas prenhas em cidade próxima de Salvador; saiba mais

Uma quadrilha especializada em roubo e abate de gado tem provocado medo e prejuízos em fazendeiros de São Sebastião do Passé e São Francisco do Conde, municípios da Região Metropolitana de Salvador (RMS).

O crime mais recente ocorreu em uma propriedade às margens da BA-522, em São Sebastião do Passé, quando criminosos invadiram a área durante a madrugada e mataram sete vacas prenhas.

O ataque deixou para trás partes dos animais, além de filhotes que não resistiram. O golpe representou um prejuízo estimado em duas toneladas de carne para os proprietários. Segundo testemunhas, os suspeitos chegaram em veículos de médio porte e agiram de forma rápida, o que reforça a suspeita de atuação de uma quadrilha organizada.

Série de ataques preocupa pecuaristas

Levantamento feito por produtores da região aponta que, somente em São Sebastião do Passé, pelo menos quatro ocorrências semelhantes foram registradas nos últimos meses. Em junho, cinco cabeças de gado foram abatidas em uma única noite, e, um mês antes, sete animais haviam sido mortos em circunstâncias parecidas.

Casos semelhantes também foram registrados em São Francisco do Conde, onde sete animais foram abatidos em junho, com cabeças e patas descartadas no local. Já em São Gonçalo dos Campos, na zona rural, cinco animais foram mortos em 2023. Os episódios têm gerado insegurança entre trabalhadores rurais e reforçado a necessidade de medidas mais duras contra o crime de abigeato.

Vacas e o crime de abigeato

O Código Penal prevê pena de dois a cinco anos de prisão para quem pratica abigeato, crime caracterizado pelo furto ou abate clandestino de animais. De acordo com a Polícia Civil, os ataques na região possuem características típicas dessa modalidade criminosa.

Além do prejuízo financeiro, há impactos diretos na produção leiteira e no planejamento dos rebanhos, já que muitas das vacas abatidas estavam prenhas. Segundo especialistas, isso gera perdas duplas: de carne e de futuros bezerros.

Unagro monitora ocorrências

A União Agro Bahia (Unagro) acompanha os registros e afirma que, entre janeiro e agosto deste ano, a média foi de duas a três ocorrências mensais desse tipo de crime na RMS. Para os pecuaristas, o número revela uma escalada que ameaça a sustentabilidade da atividade.

Dirigentes da entidade pedem reforço da fiscalização, criação de barreiras policiais em estradas rurais e intensificação das investigações. “Os produtores estão desmotivados, com medo de investir em novos animais, já que não existe uma resposta rápida das autoridades”, declarou um representante da Unagro.

Ação policial

A Secretaria de Segurança Pública da Bahia determinou reforço no patrulhamento da Polícia Militar e ampliou o trabalho de inteligência na região para tentar identificar os envolvidos. A Polícia Civil, por sua vez, confirmou a abertura de inquéritos, mas mantém sigilo sobre o andamento das apurações.

Produtores rurais relatam que os criminosos parecem conhecer bem o terreno, escolhendo propriedades de fácil acesso e agindo sempre de forma coordenada. Para eles, a sofisticação das ações indica que os criminosos podem ter experiência em logística de transporte e comercialização ilegal de carne.

Medo no campo

Enquanto as investigações seguem em sigilo, os trabalhadores rurais convivem com a insegurança diária. Muitos relatam ter adotado sistemas de vigilância improvisados e feito revezamento noturno para tentar proteger os rebanhos.

Apesar dessas iniciativas, os ataques continuam. E cada nova ocorrência aumenta a sensação de abandono entre os fazendeiros da região. “Ver nossas vacas mortas é desolador. Não é apenas o prejuízo financeiro, é a violência contra quem vive do campo”, desabafou um produtor de São Sebastião do Passé.

Da Redação com informações site Bacci Notícias

Foto: Reprodução Unagro

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