O ministro Alexandre de Moraes, integrante do Supremo Tribunal Federal (STF), solicitou ao presidente da Primeira Turma, ministro Cristiano Zanin, que sejam incluídas sessões adicionais no calendário do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de sete aliados acusados de tentativa de golpe.
Inicialmente, o caso estava previsto para ser analisado em três dias — 9, 10 e 12 de setembro de 2025. No entanto, conforme divulgado pelo Portal Metrópoles, Moraes defendeu a inclusão do dia 11, a fim de garantir que todos os votos sejam apresentados de forma contínua. A medida busca evitar atrasos em um julgamento considerado um dos mais importantes da história recente do tribunal.
Entre os réus estão nomes de peso do antigo governo, como Braga Netto, Mauro Cid, Anderson Torres e Augusto Heleno. Todos respondem a acusações da Procuradoria-Geral da República (PGR) relacionadas à suposta articulação de um plano golpista que visava impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após as eleições de 2022.
Segundo as investigações, o núcleo do grupo teria elaborado minutas de decretos, discutido mobilização de tropas militares e até planejado ações de descredibilização das urnas eletrônicas. As sessões presenciais da Primeira Turma são acompanhadas com expectativa por especialistas, políticos e pela opinião pública, dado o peso das acusações e os possíveis desdobramentos políticos.
Além de Moraes e Zanin, a Primeira Turma é composta por Cármen Lúcia, Luiz Fux e Flávio Dino. Caso algum ministro peça vista, o julgamento poderá ser interrompido e retomado dentro do prazo de 90 dias.
O gesto de Moraes ao solicitar sessões extras é interpretado como uma tentativa de acelerar a conclusão do julgamento e reduzir manobras protelatórias que poderiam beneficiar os acusados.
Com o andamento mais célere, cresce a expectativa sobre as penas que podem ser aplicadas e o impacto direto na cena política, especialmente em relação ao futuro do ex-presidente Bolsonaro.
Da Redação com informações Metrópoles
Foto: Reprodução Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Valter Campanato /Agência Brasil
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