Laudo médico revela causa da morte de idoso levado a agência bancária por sobrinha

A investigação sobre o caso do idoso de 68 anos, que foi conduzido morto até uma agência bancária por sua sobrinha, ganhou novos capítulos. O caso, que foi registrado na última terça-feira (16), está perto de seu desfecho com a divulgação do laudo pericial emitido a partir da análise do corpo do idoso, o qual apontou que a causa do óbito foi broncoaspiração e falência cardíaca. Contudo, os peritos estão aguardando os resultados do exame toxicológico para confirmar se os sintomas não foram ocasionados por envenenamento.

De acordo com a perícia, o idoso, identificado como Paulo Roberto Braga, era considerado ‘previamente doente, necessitando de cuidados especiais’, e os especialistas estão aguardando os resultados dos exames toxicológicos para determinar se houve a presença de substâncias externas contribuintes para o óbito relacionadas a drogas. Uma amostra de sangue do estômago do falecido foi coletada pelos peritos para a realização do exame toxicológico.

Os peritos tiveram acesso ao prontuário médico de Paulo Roberto Braga, referente ao atendimento prestado em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) no período de 8 a 15 de abril, que apontava diagnóstico de pneumonia e taquicardia. Segundo o documento, o idoso necessitava de oxigênio e apresentava dificuldade para deglutir. ‘Esses dados corroboram com as constatações necroscópicas de desnutrição e broncoaspiração. Além disso, a cardiopatia prévia identificada também contribuiu para o desfecho fatal’, afirmaram os peritos.

No dia 16 de abril, Érika de Souza foi detida após tentar realizar um saque no valor de R$ 17 mil em um banco em Bangu, no Rio de Janeiro, apresentando o cadáver de seu tio. Os socorristas confirmaram que o idoso já estava sem vida. Uma das hipóteses investigadas é a possibilidade de óbito por intoxicação.

A defesa de Érika de Souza alega que ela levou seu tio ainda com vida até o banco e que não houve irregularidades no ocorrido. No entanto, a Polícia Civil contesta essa versão.

Enquanto tentava assinar um documento segurando a mão do cadáver, Érika de Souza comunicava à atendente do banco que o suposto tio estava presente: ‘Tio, está me ouvindo? O senhor precisa assinar. […] Ele não está respondendo, ele é assim mesmo’. A funcionária do banco reagiu: ‘Ele não está bem’.

Da redação do Acontece na Bahia

Foto: Divulgação