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“Ken Venezuelano” morre aos 41 anos após confundir infarto com gripe

O apresentador de TV e modelo Emilio Sueños, conhecido como o “Ken Venezuelano”, morreu aos 41 anos em Guayaquil, no Equador, após confundir os sintomas de um ataque cardíaco com uma gripe comum. O venezuelano, que vivia no país há seis anos, sofreu uma inflamação cardíaca grave causada pelo uso indevido de testosterona, segundo informações de amigos e médicos.

De acordo com relatos, Emilio começou a sentir tosse, fadiga e dificuldade para respirar, mas acreditou se tratar apenas de uma virose. “De uma hora para outra, ele começou a tossir e não conseguia respirar. Ele me enviou mensagens de áudio dizendo que não era gripe, mas que simplesmente não conseguia respirar”, contou a amiga Ivanna Melgar.

Em 1º de outubro, Emilio foi levado às pressas ao Hospital Geral de Guasmo Sur, onde foi internado na UTI. Os exames apontaram uma miocardite provocada pelo uso descontrolado de hormônios anabolizantes, que ele aplicava para corrigir um procedimento estético malsucedido e se preparar para competições de fisioculturismo.

O uso indevido de testosterona agravou o quadro

A situação de Emilio se agravou pelo método incorreto de aplicação da testosterona. Ele injetava o hormônio no braço, em vez das nádegas, por conta da presença de biopolímeros na região glútea — substâncias que já haviam causado complicações em cirurgias anteriores.

Essa prática sobrecarregou o coração e danificou um dos pulmões, resultando em falência orgânica. Mesmo com transfusões e tentativas médicas de eliminar o hormônio do organismo, Emilio não resistiu e morreu em 5 de outubro.

De modelo a apresentador: o sonho do “Ken Venezuelano”

Além de apresentador e modelo, Emilio era dono da Emilio Models, agência dedicada a descobrir novos talentos da moda e concursos de beleza no Equador.

Nascido no estado de Anzoátegui, na Venezuela, o artista superou uma infância marcada por bullying e dificuldades financeiras. O ex-chefe e amigo Andrés Villalva lembrou que ele enfrentou o preconceito com determinação.

“Venho de uma família humilde, mas me preparei. Sempre sonhei em atuar nas telas. Estudei teatro e comunicação. Perseverança é fundamental”, disse Emilio em uma entrevista.

Ao longo da vida, ele passou por diversos procedimentos estéticos, incluindo rinoplastia, tonificação abdominal, aumento de glúteos, simetria labial e tratamentos dentários, moldando a aparência que lhe rendeu o apelido de “Ken Venezuelano”, em referência ao boneco da Barbie.

Beleza, pressão e saúde

A morte do “Ken Venezuelano” reacende o debate sobre os riscos do uso de anabolizantes e hormônios sem orientação médica. O caso chama atenção para os limites entre estética e saúde, especialmente no meio artístico, onde a pressão por um corpo “perfeito” é constante.

Emilio também era ativista LGBTQIA+, engajado em causas de autoaceitação e igualdade. Amigos e fãs lamentaram sua morte nas redes sociais, lembrando-o como um homem carismático, batalhador e generoso.

“Ele era luz por onde passava. Sempre acreditou que a beleza estava em ser verdadeiro, mesmo em um mundo que cobra perfeição”, escreveu um seguidor.

Fonte: Da Redação com informações do Bacci Notícias

Foto: reprodução/ Redes Sociais