Um trágico acidente chocou os moradores da zona sul do Rio de Janeiro na madrugada desta terça-feira (16). Um homem de 31 anos, identificado como Luiz Guilherme Campitelli, morreu após cair da ciclovia Tim Maia, na avenida Niemeyer, em São Conrado, enquanto tentava tirar uma selfie.
De acordo com testemunhas, o homem havia saído de uma festa próxima quando decidiu caminhar pela ciclovia. Por volta das 5h da manhã, ele percorreu cerca de 200 metros da estrutura e, em seguida, escalou a grade de proteção para conseguir uma foto com vista para o mar. Foi nesse momento que perdeu o equilíbrio e caiu sobre as pedras da orla.
O momento da queda
Relatos de pessoas que estavam na região indicam que o homem pode ter tentado, além da selfie, recuperar a carteira de documentos, que teria escorregado para fora da estrutura minutos antes do acidente. Essa hipótese está sendo analisada pela polícia.
Vídeos feitos por pedestres mostram o corpo do homem já sem vida entre as rochas à beira-mar. Um outro homem, que estava nas proximidades, aguardou a chegada do Corpo de Bombeiros e deverá prestar depoimento sobre o episódio.
Investigação em andamento
O caso está sendo investigado pela Delegacia da Gávea. Imagens das câmeras de segurança instaladas na avenida Niemeyer devem ajudar a esclarecer os últimos passos da vítima antes da queda. O corpo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML), onde passará pelos procedimentos legais.
Segundo a polícia, apenas após a análise completa das gravações e do depoimento das testemunhas será possível confirmar se a queda foi motivada apenas pela tentativa de selfie ou se houve algum outro fator, como uma busca pela carteira perdida.
Risco frequente na ciclovia
A ciclovia Tim Maia já esteve no centro de diversas polêmicas desde sua inauguração em 2016. A estrutura, projetada para oferecer uma das vistas mais bonitas da cidade, também acumula histórico de acidentes e interdições. Em outras ocasiões, quedas de trechos da ciclovia chegaram a provocar mortes de ciclistas e pedestres.
Especialistas em segurança urbana ressaltam que a combinação de grades baixas e a curiosidade de alguns frequentadores acabam criando situações de risco. “As pessoas muitas vezes subestimam a altura da ciclovia e acreditam que estão seguras. Mas qualquer descuido pode ser fatal, como aconteceu com esse homem”, explicou o urbanista Paulo Mendes.
O perigo das selfies em áreas de risco
O caso de Luiz Guilherme se soma a outros acidentes registrados no Brasil e no mundo envolvendo pessoas que arriscam a vida para tirar uma selfie em locais perigosos. Estudos apontam que, nos últimos cinco anos, o número de mortes relacionadas a selfies cresceu significativamente, sobretudo em áreas turísticas, pontes, falésias e prédios altos.
A psicóloga Maria Oliveira destaca que a busca por likes e engajamento nas redes sociais pode levar jovens e adultos a atitudes extremas. “A pressão por registros diferentes e ousados cria uma falsa sensação de controle. Infelizmente, para esse homem no Rio, o resultado foi fatal”, afirma.
Foto: Reprodução Record TV / Redes Rede Sociais
Da Redação com informações do Metrópoles
Foto: Reprodução Redes Sociais
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