Um trágico incidente abalou o bairro de Santa Mônica, em Salvador. Gilberto Santos de Jesus, de 56 anos, faleceu três dias após ser agredido com um soco no rosto por um vizinho. Segundo relatos da família, o problema começou quando Gilberto cobrou os R$ 5 acordados pelo serviço de recolher o lixo do vizinho.
Gilberto havia sido chamado para remover o lixo de uma festa, com a promessa de receber R$ 5 pelo trabalho. Após cumprir sua parte, ele voltou para cobrar o pagamento. O vizinho, no entanto, disse que não tinha o dinheiro em espécie e que pagaria depois. Insatisfeito, Gilberto decidiu devolver o lixo para a porta do vizinho.
Em resposta, o vizinho desferiu um soco que fez Gilberto cair e bater a cabeça no chão. De acordo com a família, Gilberto, que era vendedor de acarajé, voltou para casa, mas se sentiu mal na terça-feira (14). Ele foi levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Pau Miúdo, onde ficou em observação e foi liberado. “Ele estava com a pressão muito alta, então o médico não focou no trauma, só na pressão. Deu medicação, ficou seis horas em observação e a gente retornou para casa. Ele estava bem”, contou a sobrinha de Gilberto, Taís Santos Silva.
No entanto, na quarta-feira (15), Gilberto retornou à UPA com dores persistentes na cabeça. Infelizmente, ele não resistiu e faleceu no mesmo dia. “Ele me disse que estava tonto e começou a vomitar. Minha mãe o levou para o médico e ele não resistiu. O corpo dele foi para o IML para ter certeza da causa”, afirmou Taís.
A certidão de óbito revelou que a causa da morte foi traumatismo crânio-encefálico por ação de instrumento contundente, sendo a circunstância da morte apontada como “homicídio”. “Não imaginei que aquele sangramento todo no rosto fosse uma hemorragia interna. Ele tomou um murro, a cabeça e as costas estavam feridas, mas não imaginei que era um trauma na cabeça dele”, lamentou Taís.
A Polícia Civil informou que a morte de Gilberto Santos de Jesus está “a esclarecer” e está sendo investigada na delegacia do bairro da Liberdade. “Ele fugiu. Nem a minha família ele procurou, mas a justiça de Deus tarda, mas não falha. Pode demorar um ou dois anos, mas ele vai pagar”, disse Taís sobre o suspeito.
O corpo de Gilberto foi sepultado na manhã desta sexta-feira (17), no Cemitério Municipal de Brotas, em Salvador.
Foto: Arquivo Pessoal
Da redação do Acontece na Bahia