O pai da bebê Ana Beatriz, assassinada pela própria mãe em Novo Lino (AL), revelou à Polícia Civil que passou dois dias dormindo na mesma casa onde o corpo da filha já estava escondido, sem saber do crime. Ele acreditava na versão contada pela companheira, Eduarda da Silva Oliveira, de que a criança havia sido sequestrada.
Jaelson da Silva Souza estava em São Paulo a trabalho quando, na sexta-feira (11), foi informado sobre o suposto desaparecimento da filha recém-nascida. Ele retornou imediatamente a Alagoas e, nos dois dias seguintes, permaneceu na residência com Eduarda, sem desconfiar da verdade. Ana Beatriz tinha apenas 15 dias de vida.
Segundo o depoimento, Jaelson dormiu na casa no sábado (12) e no domingo (13). Durante esse período, Eduarda sustentava a versão de que homens encapuzados haviam sequestrado a bebê. Na segunda-feira (14), ele ainda acompanhava as buscas ao lado da companheira, sem imaginar que o corpo da filha estava escondido no armário do quintal da casa, enrolado em plástico e armazenado dentro de um pote.
A versão da mãe foi sendo desmontada ao longo dos dias pelas contradições e depoimentos de vizinhos. Na terça-feira (15), após intenso interrogatório, Eduarda confessou ter matado a filha. Segundo ela, o motivo do crime foi o choro constante da criança, que não dormia havia dois dias.
Abalado, Jaelson contou que chorou ao confrontar Eduarda após saber da confissão. Foi ela quem revelou onde havia escondido o corpo. Ele acompanhou a polícia até a casa, mas não conseguiu ver a cena. Só teve contato com a filha no dia seguinte, já no Instituto Médico Legal (IML), sendo essa a primeira e única vez que a viu — Ana Beatriz nasceu enquanto ele ainda estava fora do estado.
Com informações NDmais