A Comarca de Xique-Xique concluiu nesta quarta-feira (28) um julgamento de grande repercussão, que resultou na condenação de cinco pessoas pelo assassinato do Médico Júlio César de Queiroz Teixeira, pediatra morto a tiros em setembro de 2021, no município de Barra, interior da Bahia.
O processo, que se estendeu por dois dias no Tribunal do Júri, trouxe à tona detalhes de um crime que causou 1nd1gnaçã0 em todo o estado. Segundo as investigações, a motivação teria sido um suposto assédio relatado pela companheira de Diego Santos Silva, conhecido como “Diego Cigano”, apontado como mandante.
Condenações
As sentenças foram anunciadas após horas de debates entre acusação e defesa. Confira as penas:
Diego Santos Silva (mandante) – 31 anos e 4 meses de prisão;
Jefferson Ferreira Gomes da Silva (executor dos disparos) – 26 anos e 4 meses;
Adeilton de Souza Borges (responsável por monitorar a vítima) – 21 anos;
Fernanda Lima da Silva (também no monitoramento) – 21 anos.
O julgamento foi transferido para Xique-Xique por determinação do Ministério Público, já que Diego Cigano possui histórico de v1o1ênc1a em Barra, o que poderia comprometer a segurança e a imparcialidade do júri.
O crime que abalou a região
Júlio César, de 47 anos, era natural de Xique-Xique e atuava como pediatra em Barra, onde ganhou reconhecimento pela dedicação a famílias de comunidades sertanejas. No dia 23 de setembro de 2021, ele foi morto dentro da clínica onde atendia, diante da esposa e da mãe de um paciente.
O episódio causou comoçã0 n4c10n4l e gerou mobilização por medidas mais severas contra crimes motivados por ódio e por julgamentos pessoais.
Repercussão e luta por justiça
O Conselho Regional de Medicina da Bahia, entidades de saúde e movimentos sociais se manifestaram após a decisão, destacando a importância da condenação como exemplo de que crimes contra profissionais de saúde não ficarão impunes.
Familiares do médico, que deixou três filhos, acompanharam o julgamento e consideraram a decisão um passo importante rumo à just1ça.
“Não podemos trazer Júlio de volta, mas ver os culpados condenados nos dá um mínimo de paz”, disse um parente ao final da sessão.
A importância do caso
O assassinato do Médico Júlio César reforça o debate sobre a segurança de profissionais de saúde em regiões onde a tensão social e a ausência do Estado ainda alimentam conflitos. O julgamento foi acompanhado de perto por movimentos que pedem penas mais duras e políticas públicas que garantam a proteção de médicos em áreas vulneráveis.
Para muitos moradores, a decisão da Justiça foi recebida como um sinal de esperanÇa e um marco contra a impunidade. “A cidade precisava dessa resposta. Foi um crime bárbaro, não poderia ficar sem punição”, relatou um dos presentes ao tribunal.
Da Redação com informações do site Irece Repórter
Foto: Reprodução Redes Sociais
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