Adolescente resgata galinhas ilhadas com bote improvisado após alagamento

As intensas chuvas dos últimos dias no Tocantins têm gerado problemas para os residentes da zona rural em particular. Lavouras são perdidas devido ao excesso de água, e os animais enfrentam dificuldades em seu habitat natural e com a alimentação. Recentemente, uma história ganhou destaque, revelando a determinação de uma adolescente moradora de Paranã, no sudeste do estado, que teve que improvisar um bote utilizando metade de um tambor para resgatar galinhas presas em meio a uma inundação. As imagens foram capturadas na zona rural após as chuvas dos últimos dias.

O aumento repentino dos rios resultou no transbordamento e na cobertura das pontes da região. Embora as águas tenham começado a baixar nesta terça-feira (13), muitos moradores ainda enfrentam dificuldades de acesso na região afetada.

A cena que retrata a adolescente Kalyta Caroline Batista dos Santos, de 13 anos, utilizando uma embarcação improvisada, conhecida como ‘gamela’, para resgatar três galinhas ocorreu em uma propriedade rural próxima ao Rio dos Bois, a 42 quilômetros da cidade de Paranã. A inundação afetou áreas de cultivo, e as galinhas conseguiram se refugiar em um monte de entulho até que o resgate chegasse. O proprietário da propriedade, Flávio Pereira dos Santos, relatou à TV Anhanguera que as galinhas estavam “cocoricando sem parar, pedindo socorro”.

Não houve relatos de mais danos para a população da região além das lavouras alagadas e dos problemas de acesso. A previsão para os próximos dias na região é de sol.

As fortes chuvas registradas nos últimos dias também têm causado transtornos em outras cidades do Tocantins. Em Jaú, na região sul, famílias ficaram ilhadas após o transbordamento de três rios. Em Araguaína, no norte, as ruas se transformaram em rios e os bombeiros foram chamados para resgatar algumas pessoas.

No final de janeiro, as chuvas levaram a cabeceira de uma ponte na TO-491, sobre o rio das Almas, entre Peixe e São Salvador. A situação ainda não foi resolvida, e os moradores precisam fazer desvios de quase 300 quilômetros.

Em comunicado, a Agência Tocantinense de Transportes e Obras (Ageto) informou que, devido ao nível do rio das Almas, ainda não foi possível iniciar a recuperação da ponte. Segundo a Ageto, a previsão inicial não pôde ser cumprida devido às chuvas. A vazão no local tem diminuído, mas ainda não há previsão para o início dos trabalhos.

Foto: TV Anhanguera/Reprodução

Fonte: G1