Um vídeo recente gravado em Cajazeiras, Salvador, mostrando um motorista de aplicativo agredindo uma mulher, causou revolta entre os moradores locais e especialmente aqueles que dependem desse serviço na capital baiana. O responsável por essa cena lamentável, ocorrida no último domingo (10), é Ícaro Vinícius Marques de Jesus, de 39 anos, motorista de aplicativo, que já enfrentou processo semelhante por agressão a um homem em 2021. Vale ressaltar que a ocorrência em Cajazeiras está sob investigação.
Segundo os registros, na ocasião, Ícaro estava trabalhando como motorista para uma empresa de Dias d’Ávila, transportando funcionários de Salvador para o local de trabalho. A denúncia foi feita por um dos passageiros que Ícaro estava transportando. De acordo com o processo, o passageiro alegou ter sido vítima de agressão física após o motorista não aceitar ser repreendido. O passageiro afirmou que Ícaro saiu furioso do veículo e o golpeou no supercílio, resultando em uma lesão.
Segundo o relato da vítima, após o soco, ele caiu no chão, momento em que Ícaro tentou atingi-lo com uma pedra. Durante o interrogatório, o motorista confirmou ter se desentendido com um dos passageiros, alegando que este constantemente reclamava dos horários e outros detalhes considerados irrelevantes, além de fazer exigências, como solicitar, com certa arrogância, que o autor da agressão o buscasse na porta de casa.
Ícaro relatou que a briga começou quando o passageiro informou que iria tomar café antes do trajeto até a empresa, e enquanto os outros passageiros comeram em dez minutos, o autor da ação demorou mais de 20. Irritado com a demora, Ícaro reclamou, e em resposta, recebeu um xingamento. Com discussões e troca de agressões, o conflito teve início.
A discussão continuou dentro do veículo até que o motorista parou mais adiante, ambos saíram do carro e a agressão relatada no processo ocorreu. Ícaro admitiu ter “perdido a cabeça” e agredido fisicamente a vítima.
No final de janeiro deste ano, o Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) emitiu uma proposta de medida punitiva para o motorista. O órgão sugeriu que a punição fosse cumprida por meio de prestação de serviços comunitários por seis horas semanais durante seis meses, ou através da compra de cinco cestas básicas, cada uma no valor de R$100.
Foto: Reprodução
Da redação do Acontece na Bahia