Nessa terça-feira (4), a Polícia Civil prendeu um policial militar da reserva suspeito de ter contratado o executor da chacina que vitimou uma família de ciganos em Jequié, em outubro do ano passado. Este crime está vinculado a outras cinco mortes ocorridas em Feira de Santana e Rafael Jambeiro. Segundo informações da Polícia Civil, o ex-policial foi contatado pelo mandante do crime, que ainda não foi localizado.
O policial da reserva foi detido em Jequié e será encaminhado para uma unidade prisional em Salvador. Enquanto isso, o civil alvo de mandado de prisão permanecerá sob custódia no Conjunto Penal de Jequié. O executor das chacinas também foi alvo de mandado de prisão, porém, já se encontrava detido desde novembro do ano passado no Conjunto Penal de Feira de Santana.
“O policial da reserva já possui histórico de envolvimento em outros delitos em Alagoinhas. Neste inquérito específico, sua participação em agenciar o pistoleiro foi comprovada. Por isso, solicitamos sua prisão temporária”, explica o delegado Paulo Roberto Guimarães, diretor do Departamento de Polícia do Interior (Depin).
A polícia ainda está em busca de ao menos outras duas pessoas envolvidas com os crimes. O mandante foi procurado hoje em Camaçari, porém, não foi encontrado. Segundo as autoridades, ele também é cigano, assim como as vítimas. Todos os assassinatos estão ligados a uma disputa relacionada à compra de gados em 2016.
“Conseguimos deter o policial da reserva e seu comparsa, que seriam as pessoas responsáveis por contratar o executor, já encarcerado por outro crime”, declara Heloísa Campos de Brito, delegada-geral da Polícia Civil.
Os mandados foram cumpridos durante a Operação Hera, deflagrada pelo Depin, com o apoio de 50 policiais civis. A investigação contou com a colaboração de testemunhas para chegar aos suspeitos.
“A partir dos depoimentos das testemunhas e dos dados telemáticos, chegamos a dois sítios, em Inhambupe e São Francisco do Conde. Lá, foram encontradas armas enterradas dentro de um saco plástico. As armas foram confrontadas com os projéteis retirados dos corpos dos ciganos mortos. Pelo menos uma delas foi utilizada em todos esses crimes”, acrescenta Heloísa Campos de Brito.
Crédito da foto: Divulgação/Polícia Civil
Da redação do Acontece na Bahia