Um caso emblemático volta à tona neste sábado (24) e faz relembrar uma história que marcou a justiça brasileira. Foi divulgado que Alexandre Nardoni, condenado pela morte de sua filha, Isabella, está prestes a passar para o regime aberto a partir do próximo dia 6 de abril. A Justiça de São Paulo aceitou o pedido de redução de pena ao considerar seus dias de trabalho e o tempo dedicado à leitura durante seu período na prisão em Tremembé (SP).
A juíza Marcia Beringhs Domingues de Castro, da 2ª Vara das Execuções Criminais da Comarca de Taubaté, concedeu a redução da pena com base nos 277 dias de trabalho realizados por Nardoni, além de destacar sua participação no programa de incentivo à leitura ‘Lendo a Liberdade’, onde dedicou 26 dias à leitura do livro ‘Carta ao Pai’, de Franz Kafka, e apresentou uma resenha considerada fiel pela equipe responsável.
A defesa também ressaltou a boa conduta carcerária de Nardoni e a ausência de faltas disciplinares graves ao longo de sua sentença, que iniciou em 2008, ano do trágico acontecimento que culminou na morte de Isabella.
Paralelamente, sua esposa e madrasta da vítima, Anna Carolina Jatobá, já está em regime aberto desde 2023, após cumprir 15 anos de sua sentença na Penitenciária Feminina de Tremembé. Jatobá também foi condenada pelo crime, mas terá que cumprir os 9 anos restantes de sua pena fora da prisão.
O caso remonta a março de 2008, quando Isabella foi encontrada morta após ser lançada do sexto andar do Edifício London, na Zona Norte de São Paulo. Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá foram acusados de cortar a tela de proteção da janela para cometer o crime, com Nardoni arremessando o corpo da filha enquanto Jatobá a estrangulava.
Apesar das negativas constantes do casal, que alegava a invasão de terceiros à residência, a polícia nunca conseguiu identificar a suposta pessoa.
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Da redação do Acontece na Bahia