Uma das vítimas do atentado na praia de Jaguaribe, ocorrido nesta terça-feira (5), em Salvador, chegou na praia de carro visto que a família não se sentia confortável de deixar o garoto ir sozinho para praia com medo da violência na cidade. Igor Oliveira Filho, de 16 anos, morava próximo a praia, no condomínio Le Parc, na avenida Paralela e o trajeto até a praia é de pouco mais de 17 minutos de carro.
Assim, a mãe do adolescente combinou de buscá-lo na praia no fim do dia. No entanto, ninguém esperava o que aconteceria naquela tarde. O garoto não voltou pra casa pois morreu após ser atingido por um disparo no tórax após um tiroteio na praia em que ele estava.
De acordo com informações da polícia, o atentado ocorreu quando homens armados tentaram executar um rival, identificado como Lucas Santos de Souza, de 27 anos, que se encontrava na praia. Assim, iniciou-se o caos com tiros por toda parte e pessoas inocentes se ferindo. Além de Igor, a jovem estudante de biomedicina, Juliana Celina da Santana Silva Alcântara, de 20 anos, também foi atingida e não resistiu aos ferimentos.
Além disso, um médico amigo da família de Igor criticou a ação dos socorristas da SAMU pelo atendimento prestado ao adolescente. Na opinião do médico, os profissionais falharam ao levar o garoto a UPA de Itapuã, onde foi feito o atendimento, ao invés de um hospital de referência, como o Hospital Geral do Estado (HGE). Segundo o médico, a falha da SAMU corroborou com a morte dele.
“Não é comum uma pessoa jovem, saudável, morrer com um quadro desse, mas houve um erro grave do Samu. Houve uma demora inicial do Samu chegar lá, mas o ponto não é esse. O erro imperdoável é levar o paciente vítima de arma de fogo para uma UPA, isso é igual a assinar um atestado de óbito porque a unidade não tem condições de fazer os procedimentos necessários”, falou o médico ao site BNews.
Da redação Acontece na Bahia.