Fotos tiradas enquanto dormia, mensagens de ameaça e até buracos feitos na parede do quarto antecederam o assassinato do fisiculturista Valter de Vargas Aita, de 41 anos, em Chapecó, no Oeste de Santa Catarina. O crime ocorreu no último domingo (7), e a principal suspeita é a própria esposa da vítima, que foi presa em flagrante.
De acordo com a investigação da Polícia Civil, a mulher surpreendeu Valter durante o sono. O primeiro golpe de faca atingiu a região da jugular, seguido de mais de 20 perfurações por todo o corpo. O laudo apontou que o fisiculturista tentou se defender, com cortes nas mãos, arranhaduras e mordidas, mas não conseguiu escapar.
Obsessão revelada em mensagens
Celulares apreendidos revelaram o histórico de ameaças e ciúmes. Em áudios, a suspeita dizia que o marido “pagaria pelo que estava fazendo”. Em resposta, Valter chegou a afirmar que não se submeteria a levar facadas da esposa. Também foram encontrados registros de interações dela com inteligência artificial, demonstrando frustração e instabilidade emocional.
Segundo a polícia, a mulher monitorava o companheiro por meio de buracos feitos na parede do quarto, observando-o de outro cômodo. Testemunhas relataram que Valter ainda tentou fugir após os primeiros golpes, deixando rastros de sangue pelos corredores do prédio, mas foi novamente atacado até a morte.
Histórico criminal da suspeita
A acusada já havia sido condenada no Rio Grande do Sul por tentativa de latrocínio em 2019, em Santa Maria. Na época, participou de um assalto que terminou com a vítima baleada. A condenação a 15 anos de prisão transitou em 2023, e havia um mandado em aberto contra ela.
Quem era Valter Aita
Natural de Santa Maria (RS), Valter vivia em Chapecó desde janeiro e trabalhava como personal trainer. Dedicado ao fisiculturismo há mais de 20 anos, planejava voltar a competir e sonhava em morar em João Pessoa (PB). Nas redes sociais, compartilhava treinos, reflexões sobre a vida fitness e foi lembrado por amigos como um “guerreiro” e “homem íntegro”.
O caso segue em investigação, e a acusada está presa preventivamente, podendo ser condenada a até 30 anos de prisão pelo homicídio, pena que será somada à condenação anterior.
Fonte: Da Redação com informações do ND+
Foto: reprodução / Redes Sociais