O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, fez um alerta nesta quarta-feira (1º) para que a população evite o consumo de destilados sem origem comprovada, diante do aumento de casos de intoxicação por metanol em São Paulo.
“Eu sugiro, de fato, que as pessoas evitem, nesse momento, ingerir bebidas destiladas sem terem absoluta certeza da procedência”, disse o ministro, em entrevista à rádio CBN.
Segundo Padilha, três regras devem ser observadas em relação ao consumo de álcool: nunca dirigir após beber, manter-se hidratado e bem alimentado, e ter segurança da procedência da bebida.
Casos em São Paulo
Até o momento, o governo paulista já registrou 22 casos suspeitos de intoxicação por metanol, sendo sete confirmados e cinco mortes em investigação. Três bares na capital e região metropolitana foram interditados após a apreensão de bebidas adulteradas pela Vigilância Sanitária.
O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) determinou que a Polícia Civil e a Secretaria da Fazenda cruzem dados de notas fiscais para identificar a origem da bebida fraudada.
Antídoto em negociação
O Ministério da Saúde acionou a Organização Panamericana de Saúde para adquirir doses de fomepizol, usado no tratamento de intoxicações por metanol.
Padilha destacou que o etanol farmacêutico — principal antídoto disponível no Brasil — já pode ser utilizado, mas sempre sob supervisão médica em centros de referência de intoxicação.
Sintomas e prevenção
A intoxicação por metanol é grave e pode causar dor abdominal intensa, visão borrada e até a morte. Diferente da ressaca, os sintomas aparecem rapidamente e podem se agravar em poucas horas.
Especialistas alertam que não é possível identificar o metanol pelo sabor, cor ou cheiro da bebida. Por isso, consumidores devem desconfiar de rótulos alterados, preços muito baixos e lacres diferentes do padrão.
O Procon de São Paulo orienta que qualquer suspeita seja denunciada e que pessoas com sintomas procurem atendimento médico imediato. Também é possível ligar para o Disque-Intoxicação (0800 722 6001) para orientações clínicas e toxicológicas.
Fonte: Da Redação com informações da CBN
Foto: reprodução / José Cruz/Agência Brasil