Já se passaram sete meses desde o desaparecimento de Erick Rian Duarte dos Santos, adolescente de 16 anos, morador de São José dos Pinhais (PR). Estudante do ensino médio e descrito como tranquilo e discreto, ele saiu de casa na tarde de 21 de fevereiro e nunca mais foi visto.
Imagens de câmeras de segurança revelaram parte do trajeto do jovem. Às 13h13, Erick deixou a portaria de casa apenas com a chave e a roupa do corpo — sem mochila, celular, dinheiro ou cartão. Minutos depois, foi flagrado por outras câmeras caminhando rapidamente pelas ruas. Às 13h28, a última imagem mostra o adolescente próximo a uma ponte sobre o Rio Iguaçu, no Parque São José.
As buscas começaram quatro dias depois, com mobilização de policiais, bombeiros, cães farejadores, drones e helicópteros. O parque foi vasculhado por dias, mas sem sucesso. A família espalhou cartazes, organizou campanhas nas redes sociais e recebeu dezenas de relatos, que acabaram descartados.
Em março, um corpo encontrado a 50 km do local chegou a levantar suspeitas, mas exames confirmaram que não era Erick.
O pai do jovem, que vive no interior do Mato Grosso, analisou as imagens da câmera do parque e notou um detalhe: um minuto após o desaparecimento do filho da gravação, um motociclista aparece na contramão e para próximo da ponte. O homem foi ouvido pela polícia e disse ter visto um adolescente pendurado, prestes a se jogar.
Peritos localizaram na estrutura lateral da ponte a marca de um tênis compatível com o modelo que Erick usava naquele dia. Mesmo assim, a hipótese de suicídio não convence a família, que segue cobrando respostas.
“A gente não vai desistir. Enquanto não tiver certeza, vamos continuar buscando o Erick”, disse o pai, em entrevista.
O caso segue em investigação pela Polícia Civil do Paraná. Até agora, nenhuma linha de apuração foi confirmada.