A Justiça de São Paulo decretou, na quinta-feira (18), a prisão temporária do quarto suspeito de envolvimento na execução do ex-delegado-geral da Polícia Civil, Ruy Ferraz Fontes, assassinado em Praia Grande, no litoral sul paulista.
O investigado é Luiz Antonio Rodrigues de Miranda, apontado pelo Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) como responsável por ordenar que Dahesly Oliveira Pires buscasse, no ABC paulista, um dos fuzis utilizados no crime contra o ex-delegado.
Quarto nome ligado ao assassinato
Com a decisão, Luiz Antonio se soma a outros três suspeitos já identificados. Além dele, estão na lista:
- Flávio Henrique Ferreira de Souza, de 24 anos;
- Felipe Avelino da Silva, de 33, conhecido no PCC como “Mascherano”;
- e Dahesly Oliveira Pires, presa nesta quinta-feira (18/9).
Segundo as investigações, Dahesly teria transportado o armamento até Praia Grande, a mando de Luiz Antonio. Já Flávio e Mascherano tiveram impressões digitais encontradas na cena do crime e são procurados pela polícia.
Perfil dos envolvidos
De acordo com o secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, Mascherano ocupava uma posição de disciplina dentro do Primeiro Comando da Capital (PCC) e tinha extensa ficha criminal, incluindo tráfico de drogas, roubo qualificado e corrupção de menores. Ele ficou mais de seis anos preso, de 2017 a 2023, quando passou ao regime aberto.
O crime contra o ex-delegado
O assassinato ocorreu na noite de segunda-feira (15/9), no bairro Mirim, em Praia Grande. Câmeras de segurança flagraram a perseguição contra o ex-delegado, que dirigia seu carro em aparente fuga.
Na tentativa de escapar, Ruy Ferraz colidiu contra um ônibus e capotou o veículo. Logo em seguida, criminosos que estavam em uma Toyota Hilux SW4 preta desceram armados e dispararam mais de 20 tiros de fuzil contra o carro do ex-delegado. Ele morreu no local, enquanto outras duas pessoas ficaram feridas.
Quem era Ruy Ferraz Fontes
O ex-delegado Ruy Ferraz, de 63 anos, era figura respeitada dentro da Polícia Civil e conhecido por ser um dos primeiros a investigar a atuação do PCC em São Paulo nos anos 2000. Ele atuou por 40 anos na corporação, comandou delegacias estratégicas como o Denarc e o Deic, além de ter chefiado a própria Delegacia Geral de Polícia de SP.
Após se aposentar, Ruy assumiu em 2023 a Secretaria de Administração de Praia Grande, cargo que ocupava até ser executado. A prefeitura destacou sua trajetória, que incluiu cursos internacionais de combate às drogas e ao terrorismo, além de experiência como professor de Criminologia e Investigação Policial.
Investigação em andamento
O DHPP segue apurando a função exata de cada suspeito na emboscada contra o ex-delegado. Para o secretário Derrite, ainda é cedo para definir os papéis de cada envolvido, mas os indícios apontam que todos estavam presentes na cena do crime.
A polícia reforça que denúncias anônimas podem ser feitas pelo Disque-Denúncia 181, ajudando na localização dos foragidos.
Da Redação com informações do Metropoles
Foto: Reprodução/ Redes Sociais / PCSP
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