Search
Close this search box.

Após decisão do STF, conheça as quatro opções de prisão para Bolsonaro

Com a maioria formada na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) pela condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro no caso da trama golpista, cresce a expectativa em Brasília sobre onde ele poderá cumprir a pena. De acordo com o Código Penal, a sentença de mais de oito anos implica regime inicial fechado, mas a definição do local da prisão ainda é incerta.

Atualmente, quatro possibilidades são cogitadas nos bastidores: prisão domiciliar, cela especial na Superintendência da Polícia Federal no Distrito Federal, penitenciária da Papuda ou Comando Militar do Planalto.

Defesa aposta em prisão domiciliar

A defesa do ex-presidente já sinalizou que pretende insistir na permanência em casa, alegando motivos humanitários e de saúde. Bolsonaro tem histórico de cirurgias após a facada de 2018, além de crises recentes de refluxo, soluço e infecções pulmonares.

O advogado Paulo Bueno afirmou nesta quinta-feira (11) que a medida pode ser levada ao STF:

“O presidente Bolsonaro tem uma situação de saúde muito delicada. Não vou antecipar o que acontecerá ou não, mas a prisão domiciliar pode ser levada à mesa.”

Opções em discussão

Apesar da pressão pela domiciliar, autoridades consideram outros cenários:

  1. Cela especial na Polícia Federal – Local já passou por reformas e conta com banheiro privativo, cama, cadeira e televisão. O modelo é semelhante ao espaço onde Lula cumpriu pena em Curitiba.
  2. Penitenciária da Papuda – Possibilidade que causa maior temor no ex-presidente. O complexo sofre com superlotação e atualmente abriga réus dos atos de 8 de janeiro.
  3. Comando Militar do Planalto – A opção é vista como remota. Integrantes do governo e do Exército avaliam que a medida “politizaria os quartéis” e poderia gerar mobilização de apoiadores.
  4. Prisão domiciliar – Cenário mais favorável à defesa, com o argumento de que problemas de saúde exigem cuidados constantes.

Comparações com Collor e outros ex-presidentes

O precedente de Fernando Collor é frequentemente citado como argumento. Condenado a oito anos, o ex-presidente inicialmente foi levado a um presídio em Maceió, mas acabou beneficiado com prisão domiciliar por questões médicas.

Michel Temer e Lula também já cumpriram períodos em celas especiais da Polícia Federal, em condições diferenciadas das de presídios comuns.

O que está em jogo

Integrantes do Supremo afirmam que a decisão caberá ao relator Alexandre de Moraes, que conduz o processo sob sigilo. A expectativa é de que, mesmo em caso de domiciliar, Bolsonaro possa passar dias em cela da PF ou da Papuda antes de eventual transferência.

A condenação inclui crimes como organização criminosa armada, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. As penas máximas somadas chegam a 43 anos de prisão.

O destino do ex-presidente, portanto, ainda é objeto de intensas negociações políticas e jurídicas, com impacto direto na cena nacional.

Da Redação com informações do O Globo

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Leia mais notícias abaixo

Polícia revela como chegou até o homem que matou menina de 6 anos no MS; confronto terminou em morte

Homem que matou professor universitário está preso nas compras; entenda o crime que chocou Salvador

Homem admitiu envolvimento no assassinato de três mulheres na praia da Bahia; entenda o caso