O julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Supremo Tribunal Federal (STF) não repercute apenas no Brasil. Nesta terça-feira (9), a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, surpreendeu ao afirmar que o governo norte-americano, liderado por Donald Trump, “não tem medo de usar o poder militar” dos Estados Unidos para proteger a liberdade de expressão no mundo.
A declaração foi feita durante coletiva de imprensa, quando Leavitt foi questionada sobre possíveis novas punições contra o Brasil. Embora não tenha detalhado medidas concretas, ela ressaltou que essa é uma prioridade para a administração Trump e que não está descartado o uso de força política, econômica ou até militar.
O comentário foi interpretado como mais uma ameaça direta de interferência no caso brasileiro. Trump já vinha elevando o tom contra o país desde julho, quando impôs uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros e ampliou sanções contra autoridades ligadas ao processo.
O principal alvo dessas retaliações tem sido o ministro Alexandre de Moraes, relator da ação contra Bolsonaro, incluído em medidas semelhantes às previstas na Lei Magnitsky, utilizada pelos EUA para punir autoridades estrangeiras acusadas de violar direitos.
Para analistas internacionais, a fala da Casa Branca intensifica a pressão sobre o Brasil em um momento de alta tensão política, reacendendo o debate sobre soberania nacional e os limites da influência estrangeira em julgamentos internos.
Da Redação com informações Metrópoles
Foto: Reprodução Alan Santos/PR/Agência Brasil
Leia mais notícias abaixo
Se for condenado, Bolsonaro pode não ir para a cadeia; entenda por quê
Moraes aciona vigilância total contra Bolsonaro; entenda os motivos
Julgamento do STF: Bolsonaro avalia ida presencial e Braga Netto tenta participar à distância