Padre evita citar nome de bebê durante batismo e reação vira caso de polícia; vídeo no link

Padre evita citar nome de bebê durante batismo e reação vira caso de polícia; vídeo no link

Um episódio ocorrido em uma igreja católica no Leblon, Zona Sul do Rio de Janeiro, chamou atenção e gerou revolta. Durante a cerimônia de batismo, um padre se recusou a pronunciar o nome de uma criança, atitude que resultou em forte desconforto para a família e críticas ao religioso.

O que aconteceu na cerimônia

A mãe da menina, Marcelle Turan, relatou que a situação começou antes mesmo do batizado. Segundo ela, o sacerdote questionou a escolha do nome Yaminah, alegando que teria ligação com um culto religioso. Mesmo após explicações da família sobre o verdadeiro significado, o padre manteve a recusa em pronunciar o nome.

Durante a celebração, em vez de chamar a menina por Yaminah, ele a mencionava apenas como “a criança” ou “a filha de vocês”. A postura causou constrangimento, principalmente porque parte da família registrava a cerimônia em vídeo.

As imagens, gravadas por uma tia da criança, mostram o momento em que os pais insistem para que o religioso se refira à filha pelo nome escolhido. O padre, no entanto, manteve sua posição até o fim da celebração.

Repercussão entre familiares

Marcelle disse que saiu da igreja profundamente abalada. “O batismo era para ser um momento de bênção e acolhimento, mas acabou sendo marcado por constrangimento. Senti como se minha filha fosse rejeitada dentro da própria casa de Deus”, afirmou à TV Globo.

Segundo a mãe, a postura do padre foi interpretada como desrespeitosa e preconceituosa, já que o nome da filha teria sido associado sem fundamentos a uma prática religiosa que não condiz com a história da família.

Posição da Arquidiocese do Rio

Em nota oficial, a Arquidiocese do Rio esclareceu que o sacramento foi realizado corretamente, independentemente da polêmica em torno do nome. A instituição destacou que, de acordo com a liturgia, o nome da criança não é citado em todos os momentos da celebração, mas apenas em passagens específicas.

O comunicado também afirmou que padres podem orientar os fiéis em relação a nomes considerados incompatíveis com a tradição católica, mas ressaltou que tais orientações têm caráter apenas aconselhativo e não podem ser impostas.

A Arquidiocese frisou ainda que repudia qualquer forma de discriminação e reforçou o compromisso da Igreja com o diálogo, o acolhimento e o respeito à diversidade cultural.

Caso registrado na polícia

A família de Yaminah decidiu registrar ocorrência na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi). O boletim de ocorrência classificou o episódio como suspeita de preconceito por raça, cor ou religião.

Para os pais, a atitude ultrapassou o limite da opinião pessoal do sacerdote e configurou um ato de discriminação dentro de um espaço que deveria ser de acolhimento e fé.

Família cobra retratação

Apesar da nota divulgada pela Arquidiocese, os pais afirmaram que esperam um pedido de desculpas do sacerdote. “Queremos apenas respeito. O nome da nossa filha é parte da nossa identidade, e ouvir ele sendo rejeitado dentro de uma igreja foi muito doloroso”, disse a mãe.

O episódio segue em investigação policial e, ao mesmo tempo, provoca reflexões na comunidade católica carioca sobre a importância da sensibilidade pastoral e do respeito às escolhas das famílias durante os sacramentos.

Veja vídeo polêmico do caso AQUI!

Da Redação com informações TV Globo

Foto: Reprodução Redes Sociais

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