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Feminicídios chocam o país: três mulheres são mortas em menos de uma semana; suspeitos são apontados; saiba mais 

Feminicídios chocam o país: três mulheres são mortas em menos de uma semana; suspeitos são apontados; saiba mais

A violência contra a mulher atinge um patamar alarmante no Brasil, com uma série de crimes brutais que abalaram o país nos últimos dias. Três mulheres foram mortas em diferentes estados – Mato Grosso, Minas Gerais e São Paulo – em circunstâncias que revelam a persistência e a crueldade do feminicídio.

As vítimas, Jacyra Grampola Gonçalves da Silva, Rubia de Fátima Souza e Beatriz Aparecida de Araújo Cruz, tinham um ponto em comum: todas foram assassinadas por homens com quem mantinham, ou mantiveram, relacionamentos. A brutalidade desses crimes ressalta a urgência de medidas mais eficazes para proteger as mulheres e combater essa epidemia de violência.

Caso Jacyra Grampola

A estudante de administração Jacyra Grampola Gonçalves da Silva, de apenas 24 anos, foi a primeira vítima fatal. Ela foi morta a tiros em um pesqueiro em Sorriso (MT), a 420 km de Cuiabá. De acordo com testemunhas e câmeras de segurança, o assassino se aproximou de Jacyra com uma caixa de presente e, de dentro dela, sacou uma arma calibre .38, disparando seis vezes contra a jovem.

O criminoso, ex-namorado da vítima, está foragido. Jacyra já havia solicitado uma medida protetiva contra ele e, momentos antes do crime, havia manifestado medo e a vontade de ir embora do local. No entanto, foi convencida por amigos a ficar, com a alegação de que o homem parecia calmo. A tragédia se consumou, transformando o momento de lazer em um cenário de horror.

O assassino aproveitou a distração do ambiente para cometer o crime, evidenciando o perigo constante que ronda as mulheres que tentam se proteger de seus agressores. A morte de Jacyra é um lembrete doloroso de que a violência contra a mulher não escolhe lugar nem hora, e que a vulnerabilidade é uma realidade diária para muitas.

Caso Rubia de Fátima

Em Minas Gerais, a policial penal Rubia de Fátima Souza, de 43 anos, foi assassinada em Uberlândia. O principal suspeito é seu companheiro, Daniel Fernandes Resende, também policial penal. Ele foi encontrado ferido no local e, apesar de internado, sua situação não foi detalhada. A morte de Rubia, uma profissional da segurança pública, reforça a tese de que a violência doméstica pode vitimar qualquer mulher, independentemente de sua profissão ou preparo físico.

O caso de Rubia, assim como o de Jacyra e de Beatriz, revela que o ambiente doméstico, que deveria ser um porto seguro, muitas vezes se transforma no palco da violência fatal. A sociedade precisa reconhecer que as mulheres são as principais vítimas da violência de gênero e que a luta para garantir sua segurança é responsabilidade de todos.

Caso Beatriz Aparecida

Já em São Paulo, o corpo de Beatriz Aparecida de Araújo Cruz, de 31 anos, foi encontrado em uma área de mata de difícil acesso em Serra Negra, após dias de buscas. A vítima estava desaparecida desde 19 de abril e havia solicitado uma medida protetiva contra o ex-marido, Thiago Fernando Monteiro.

O homem, que confessou ter matado Beatriz com uma facada no pescoço, indicou à polícia o local onde enterrou o corpo. Beatriz, assim como Jacyra e Rubia, vivia sob a ameaça constante de seu agressor. Familiares da vítima relataram um histórico de ameaças e violência, o que torna ainda mais revoltante o fato de a medida protetiva não ter sido suficiente para evitar a tragédia.

A morte de Beatriz é um duro golpe para a família e para a sociedade, que assiste impotente a mais um caso em que as mulheres são alvo de uma violência sem limites. A triste sequência de eventos, em que mulheres foram mortas, demonstra a urgência de uma resposta mais contundente do Estado e da sociedade. É fundamental que as autoridades aprimorem os mecanismos de proteção para que medidas protetivas realmente funcionem e impeçam que o agressor se aproxime da vítima.

A impunidade

A impunidade e a falta de recursos para as delegacias e centros de atendimento às mulheres contribuem para que os agressores se sintam encorajados a cometer esses crimes hediondos. As mortes de Jacyra, Rubia e Beatriz não podem ser apenas mais uma estatística. É preciso que esses casos de mulheres assassinadas sirvam de alerta para a necessidade de um esforço conjunto para proteger as vidas de mulheres. A sociedade, o governo e as famílias precisam trabalhar juntos para combater a violência de gênero e garantir que todas as mulheres tenham o direito de viver com segurança. As ações precisam ser imediatas e eficientes para que a frase “mulheres assassinadas” deixe de ser um título de manchete.

Da Redação

Foto: Reprodução/ Redes Sociais

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