Nathália morreu em 9 de fevereiro de 2025, em Pontal, e o boletim de ocorrência inicial registrou a morte como natural. Na semana passada, o corpo foi exumado no cemitério de Pontal, e os restos mortais foram encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML) de São Paulo para análise.
A exumação, realizada após autorização judicial, durou mais de uma hora, com a coleta de cérebro, fígado, intestino, coração, pulmão, estômago, conteúdo estomacal e material da bexiga. Devido à deterioração do corpo, a quantidade coletada foi mínima, e os médicos legistas alertaram que os resultados podem ser inconclusivos. Especialistas do IML usarão técnicas como cromatografia em fase gasosa e líquida para identificar substâncias como chumbinho, que pode permanecer em amostras biológicas, como cabelo, por meses. O laudo deve ser concluído em até 60 dias, com análises confirmatórias para validar eventuais resultados positivos.
As suspeitas sobre a morte de Nathália surgiram durante a investigação do assassinato de Larissa Rodrigues, envenenada com chumbinho em 22 de março de 2025, em Ribeirão Preto. O irmão de Nathália, o médico ortopedista Luiz Garnica, de 38 anos, e a mãe, Elizabeth Arrabaça, de 67 anos, foram presos por suspeita de envolvimento na morte de Larissa, esposa de Luiz. A polícia apura se os dois também estão ligados à morte de Nathália.
Nathália passou mal à noite em casa, na presença de Elizabeth, após um dia de trabalho. O SAMU constatou a morte no local, sem sinais de violência no corpo. Uma testemunha relatou que Elizabeth tentou adquirir chumbinho antes da morte de Larissa e mencionava que Nathália “dava trabalho”. A Polícia Civil instaurou um inquérito para verificar se a morte de Nathália foi homicídio, com base nas semelhanças com o caso de Larissa e na presença de Elizabeth em ambos os contextos. A análise pericial determinará a causa da morte.
Fonte: Record
