A notícia da morte da deputada federal Amália Barros, do PL, surgiu como um choque nas primeiras horas de domingo (12): a parlamentar faleceu aos 39 anos, conforme comunicado oficial divulgado em sua conta no X (antigo Twitter). Desde o dia 1º de maio, encontrava-se internada devido a um nódulo no pâncreas.
Eleita para a Câmara dos Deputados em 2022 por Mato Grosso, Amália não era apenas uma política, mas uma voz poderosa para diversas causas. Além de vice-presidente do PL Mulher nacional, dedicou-se às comissões de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência, dos Direitos da Mulher e da Educação.
Paulista de Mogi Mirim e formada em Jornalismo, sua vida foi marcada por desafios que ela enfrentou com coragem e determinação. A perda de visão do olho esquerdo aos 20 anos, devido a uma toxoplasmose, não a deteve. Após 15 cirurgias, optou por remover o olho e usar uma prótese ocular, tornando-se um símbolo de resiliência e luta.
A marca registrada de Amália, a mão cobrindo o olho esquerdo, não apenas simbolizava sua jornada pessoal, mas também sua dedicação às questões relacionadas à toxoplasmose e à visibilidade das pessoas monoculares.
Seu legado transcende as paredes do Congresso. Inspirou a Lei 14.126/2021, que reconhece a visão com apenas um olho como uma deficiência sensorial. Além disso, fundou o Instituto Nacional da Pessoa com Visão Monocular, dedicado a campanhas de doação de próteses oculares e assistência a monoculares.
Filiada ao Partido Liberal (PL), Amália era aliada da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e tinha fotos com ambos em suas redes sociais.
O luto se estende pela Câmara dos Deputados, com o presidente Arthur Lira (PP-AL) declarando um dia de luto na Casa. A Bandeira Nacional será hasteada a meio-mastro em homenagem à sua memória.
Em meio às condolências, Lira relembrou o empenho de Amália em projetos relacionados à visão monocular. “Uma conquista ímpar para o segmento”, afirmou.
Da redação do Acontece na Bahia
Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados