Vizinha da casa onde três crianças morreram carbonizadas alega ter ouvido os gritos de socorro: “pai, não me deixe morrer aqui”

Um caso que tem chocado o Brasil continua a ter desdobramentos nesta quinta-feira (18).  Após um trágico incêndio que resultou na morte de três crianças, surgiram as investigações do que teriam causado o acidente. O pai adotivo das crianças é suspeito da polícia de ter arquitetado o incêndio e ter deixado as crianças presas dentro de casa intencionalmente.  O caso ocorreu na madrugada de quarta-feira (17) em Poá, interior de São Paulo.

Gabriel Reis de Faria e Vieira, de 9 anos; Fernanda Verônica Reis de Faria e Vieira, de 14 anos, e Lorenzo Reis de Faria e Vieira, de 2 anos, faleceram no incêndio após ficarem presos em um cômodo. Eles eram filhos adotivos de um casal homoafetivo formado por Ricardo Reis de Farias e Vieira e um homem identificado como Leandro. No entanto, o casal estava separado há alguns meses e Ricardo não aceitava a separação.

De acordo com uma das vizinhas da casa, a filha mais velha, Fernanda Verônica Reis de Faria e Vieira, de 14 anos, teria gritado por socorro para o pai, que estava dentro de casa e foi o único sobrevivente da tragédia. “Pai, não deixe eu morrer aqui”, teria dito a pré-adolescente.

Segundo Ricardo, o quarto onde as crianças estavam estava trancado e as janelas eram reforçadas por barras de ferro. O homem alega que estava dopado com um remédio para dormir quando o incêndio se iniciou e não conseguiu salvar as crianças.

Assim, o homem é atualmente o principal suspeito das investigações de um possível incêndio doloso. Ele já teve sua prisão preventiva decretada após se contradizer em seus depoimentos à polícia.

Entretanto, o delegado que está à frente do caso, Eliardo Amoroso Jordão, afirma que ainda não há nada conclusivo: “Só esclarecer aqui a prisão temporária não aponta, não acusa ninguém. É uma prisão processual, um instrumento jurídico para viabilizar a continuidade das investigações. Este foi o motivo em razão de algumas contradições que nós constatamos ao longo do dia”

Da redação Acontece na Bahia.