Sérgio Reis afirma que se arrependeu de “frase infeliz” e diz que tudo falado “foi brincando”

Uma notícia está sendo destaque nesta segunda-feira (23). O cantor Sérgio Reis concedeu uma entrevista ao Domingo Espetacular, da Record, e conversou um pouco sobre como está sendo os dias após o vazamento dos áudios em que ameaça o STF e chama o povo para ir as ruas a favor de Bolsonaro.

Segundo ele, desde que ameaçou invadir o STF, vem sofrendo intimidações. Mas que tudo que falou não passava de uma brincadeira. “Não me arrependo de nada. Só esta frase infeliz, que eu brinquei com um amigo, que vazou. Mas não é a realidade. E se eu falei, foi brincando.”

Nos áudios, Sérgio Reis falava os seguintes trechos:

“Nós vamos parar 72 horas [se referindo a greve dos caminhoneiros]. Se não fizer nada, nas próximas 62 horas, ninguém anda no país. Vai parar porto, vai parar tudo”.

“Se em 30 dias não tirarem aqueles caras [ caminhoneiros] nós vamos invadir, quebrar tudo e tirar os caras na marra. Pronto. É assim que vai ser.”

Por conta dessas falas, o cantor foi alvo de mandatos de busca e apreensão da PF e foi acusado de “eventual cometimento do crime de incitar a população, através das redes sociais, a praticar atos violentos e ameaçadores contra a Democracia, o Estado de Direito e suas Instituições, bem como contra os membros dos Poderes”.

Esses mandados, inclusive, foram autorizados pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes. “Eles [os ministros do STF] tomam as atitudes que eles acham que estão certas, eles se acham o dono do país. Fazem coisas que desagradam a gente e isso incomoda. São soberanos, mas até onde vai não sei”, disse o cantor.

Com tudo acontecendo, ele falou sobre o afastamento dos amigos e os prejuízos que teve com toda repercussão do caso. “Estou arriado, estou cansado. Tenho 81 anos. O que eu tinha que fazer, eu já fiz. Não vai depender de mim. Vai depender do povo, do governo, vai depender deles”, disse.

 

Da Redação do Acontece na Bahia