Bombeiras são obrigadas por coronel a deixar cerimônia onde seriam homenageadas; o motivo alegado seria uso de ‘saias curtas’

Uma notícia tem repercutido nas redes sociais nesta terça-feira (4).O episódio em que duas sargentos são expulsas de cerimônia por um coronel é investigado pelo Corpo de Bombeiros do Distrito Federal (CBMDF), que procura entender o que de fato aconteceu. A corporação informou que em princípio a alegação é de que o constrangimento teria sido causado por uso de ‘‘saias curtas’’ pelas duas militares. A cerimônia de formatura de Altos Estudos para Praças (Caep), realizado no dia 8 de abril, no Auditório Cel José Nilton Matos da Academia de Bombeiro Militar (ABMIL), no Setor Policial Sul, contaria com uma homenagem que seria feita para as duas sargentos.

Na cerimônia seriam homenageados além dos alunos que concluíram o Caep, os instrutores do curso. Segundo informações, as duas sargentos estavam usando no evento o mesmo fardamento que haviam usado em cerimônia anterior nos moldes padrão estabelecidos pela corporação. A ordem dada às militares teria sido transmitida por um capitão que falou em nome do coronel Edwin Aldrin Franco de Oliveira, chefe do Departamento de Ensino, Pesquisa, Ciência e Tecnologia do CBMDF.

De acordo com as informações, o oficial foi firme na determinação e as duas sargentos deviam sair da cerimônia naquele momento usando a porta lateral, no momento em que era executado o Hino Nacional. A alegação do coronel foi de que as militares estavam usando ‘‘saias curtas’’. O descumprimento da determinação poderia ensejar sanções disciplinares as militares. Segundo informações as duas sargentos solicitaram permissão para terminarem de cantar o Hino Nacional mas o pedido foi indeferido. Com o temor de possível sanção disciplinar, as duas militares recolheram seus pertences e deixaram o local.

Por meio de nota o CBMDF disse que “encaminhou o registro dos fatos à Corregedoria/Controladoria, visando à abertura de procedimento apuratório para que os relatos presentes na denúncia sejam esclarecidos e elucidados, assim podendo esta instituição tomar as medidas cabíveis e pertinentes ao caso”.

A corporação também enfatizou que “o CBMDF não compactua com nenhum tipo de assédio, seja ele moral, seja de qualquer natureza, primando não somente pelo bem da sociedade civil, mas também pela conduta ilibada e exemplar da sua tropa”.

Da redação do Acontece na Bahia