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Ação policial no Jacarezinho resulta em 25 mortes e delegado afirma: “Não há o que comemorar”

Nesta quinta-feira, uma notícia tem sido destaque nos meios de comunicações. Trata-se da ação realizada pelos membros da Polícia Civil na comunidade do Jacarezinho, na zona norte do Rio de Janeiro.

Segundo a Polícia Civil, a ação na comunidade do Jacarezinho foi realizada com o intuito de cumprir mandados de prisão contra um grupo que aliciava menores para o tráfico, e ainda garantiu que todos os protocolos exigidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), na decisão que restringe ações policiais, foram cumpridos na operação que resultou em 25 mortos.

Ainda de acordo com a polícia civil, apenas o policial morto com um tiro na cabeça foi executado. Os representantes da instituição afirmaram ainda que os 24 mortos eram criminosos.

“Lamentavelmente, houve muito confronto dentro da comunidade. Não há de se comemorar esse resultado, tamanha quantidade de pessoas que vieram a falecer, da mesma forma que não existe a capacidade de qualquer pessoa nos confortar pela morte do nosso policial”, disse o delegado Rodrigo Oliveira.

Durante coletiva de imprensa, a polícia confirmou que seis pessoas foram presas em Jacarezinho. Deste número, três estavam entre os 21 alvos de mandados de prisão, outros três procurados foram mortos.

A operação, que durou cerca de oito horas, apreendeu 16 pistolas, 6 fuzis, 1 submetralhadora, 12 granadas e uma escopeta, além de drogas.

Em nota, o governo do Estado lamentou as mortes, mas disse que a ação foi orientada por um longo e detalhado trabalho de inteligência e investigação, que demorou dez meses para ser concluído. Além disso, afirmou que todos os locais de confrontos e mortes foram periciados.

Já os representantes de grupos em defesa dos Direitos Humanos criticaram a operação, cobraram maior apuração e declararam que não cabe à Polícia Civil investigar a si mesma, durante coletiva de imprensa com defensores públicos.

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Da redação do Acontece na Bahia